Criado em 1999 durante o governo de FHC e ampliado no governo seguinte de Lula, o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) pode perder espaço no investimento federal, além das recentes alterações sancionadas pelo presidente Michel Temer e que desagradaram grande parte das universidades. Agora, a atual gestão, segundo o jornal Folha de S. Paulo, prevê tirar R$ 1 bilhão do Fies para financiar a segurança pública.
Principal bandeira do governo após o fracasso da Reforma da Previdência, a medida provisória que destina recursos das loterias federais para o Fundo Nacional da Segurança Pública (FNSP) é a causa da nova situação em que o Fies se encontra. O valor previsto do rombo representa 15% dos R$ 6,3 bilhões destinados pelo Tesouro Nacional ao FNSP. Para este ano, a previsão de gastos com o Fies é de R$ 5,3 bilhões, segundo relatório divulgado pelo Ministério do Planejamento em maio.
O texto assinado por Temer, em vigor desde 12 de junho, tem como objetivo destinar recursos para o recém criado Ministério da Segurança Pública. Ele ainda precisa ser aprovado na Câmara e no Senado até o dia 24 de agosto para que a medida não perca validade.