A violência marcou o final de semana em Gravataí, na Região Metropolitana. Desde sexta-feira até o domingo (10), seis pessoas foram executadas e outras seis foram atingidas por tiros em ataques de assassinos no município.
O caso mais recente ocorreu no bairro Vila Rica, por volta das 10h deste domingo (10). Dentro de uma casa, em rua com o mesmo nome do bairro, a Polícia Civil localizou os corpos de dois jovens. As vítimas não foram identificadas, mas os investigadores estimam que elas possuam entre 18 e 20 anos. Moradores da região não souberam dar detalhes do ocorrido.
Também neste domingo, quatro horas antes, no Centro, duas mulheres e um homem foram baleados em um ataque a tiros na Rua Doutor Luís Bastos do Prado, a mesma via que abriga o batalhão da Brigada Militar. As vítimas estão em atendimento no Hospital Dom João Becker e não há informações sobre os atiradores.
Na madrugada de sábado (9), na Avenida Bento Gonçalves, no bairro Barnabé, três homens foram mortos dentro de um Corsa. Duas das três vítimas foram identificadas: Rodrigo Dias Silveira, 23, e Tomas William dos Santos Pinto, 18 anos. Um quarto ocupante do carro, de 28 anos, sobreviveu aos tiros e segue em atendimento no hospital da cidade.
A primeira da sequência de ocorrências violentas ocorreu por volta das 21h30min de sexta-feira (8). O jovem Lucas Mário Peres, de 25 anos, foi morto a tiros em uma parada de ônibus na Avenida Ely Correa, no bairro Parque dos Anjos. Duas pessoas que aguardavam no local ficaram feridas a tiro.
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O que dizem as autoridades
Responsável pela investigação de todos os casos, o delegado Felipe Borba, da Delegacia de Homicídios do município, prefere aguardar a investigação para se pronunciar. Ele somente afirmou que não descarta que os casos estejam relacionados, e que as equipes da delegacia estão apurando todos as ocorrências.
O comandante da Brigada Militar, tenente-coronel Vanderlei Padilha, avalia que os casos estão ligados ao tráfico de drogas.
— Infelizmente, estas situações, em razão da grande quantidade de pessoas que temos entrando para o mundo do crime, são perfeitamente previsíveis. Não temos como prever é quando, como e onde haverá os acertos de conta — afirma o coronel.
Ele diz que a Brigada tem reforçado, em Gravataí, o número de barreiras, "para minimizar o trânsito livre de delinquentes com armas". Além disso, ele garante que há mais guarnições fazendo ações nos bairros considerados mais violentos, e que o número de armas apreendidas no município neste ano é "significativo".
— Infelizmente, não temos como mensurar, mas posso garantir em razão da grande quantidade de armamentos que apreendemos rotineiramente que estamos conseguindo inibir mais e mais homicídios entre os jovens do crime — comentou Padilha.