Anunciada como um esforço para viabilizar a Festa da Uva de 2018, que ainda está indefinida, a Guarda Municipal deixou de atuar de forma permanente nas Estações Principais de Integração (EPI) e deslocou servidores para vigiar os Pavilhões. Os servidores substituem uma empresa de vigilância privada, que era responsável pela segurança no Parque de Eventos e cujo contrato chegou ao fim.
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De acordo com o convênio com a Festa da Uva SA e a prefeitura, que entrou em vigência nesta terça-feira, seis guardas municipais irão trabalhar nos pavilhões. A medida serve para conter custos: a administração do parque deixará de pagar por segurança privada e será atendida pela Guarda. Em contrapartida, cederá espaço para o município nos pavilhões – a prefeitura, por sinal, é sócia majoritária da empresa Festa da Uva. Os gastos com os vigilantes particulares não foram divulgados.
O secretário de Segurança Pública e Proteção Social, José Francisco Mallmann, garante que um estudo embasou a mudança e que as estações não ficarão desprotegidas, pois serão atendidas pelo patrulhamento sistemático da Guarda. Os servidores continuarão presentes nas EPIs das 19h às 7h, onde circulam cerca de 45 mil pessoas todos os dias.
– Não vamos abandonar (as EPIs) de jeito nenhum. Hoje, a situação está relativamente tranquila. É uma linha geral das guardas municipais de não atuar nestas áreas. Não iremos retirar apenas por retirar – afirma o secretário.
Por outro lado, Mallmann diz que a mudança servirá para viabilizar a Festa da Uva.
– Sabemos que a cidade passa por dificuldades (financeiras) e, historicamente, sempre há investimentos da administração municipal. A prefeitura tem 96,6% de participação nesta empresa privada (Festa da Uva SA) – aponta o secretário.
Pelo acordo, a empresa Festa da Uva disponibilizará um espaço nos pavilhões para realização de eventos do município. A empresa também deve disponibilizar espaço para a prefeitura durante a realização da Festa da Uva. sem qualquer custo. A Visate manifestou preocupação com a mudança nas EPIs:
– Em caso de problemas, reivindicaremos à prefeitura e à Secretaria de Segurança. É uma mudança que mexe com os usuários e os nossos funcionários – opina o diretor-administrativo da Visate, Gustavo Marques dos Santos.