O caos do sistema penitenciário gaúcho mais uma vez entrará na pauta da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da Organização dos Estados Americanos (OEA). Dessa vez, a Ugeirm/Sindicato, que representa os agentes da Polícia Civil, vai protocolar nesta quarta-feira denúncia de violação aos direitos humanos por parte do governo estadual ao manter presos em condições precárias nas delegacias da Capital e Região Metropolitana.
Levantamento da entidade demonstra que, nesta terça-feira, 80 presos estavam entre as Delegacia de Pronto-Atendimento de Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, Gravataí, Alvorada e Viamão.
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– Entendemos que é preciso chamar atenção internacional para a forma como o governo tem tratado um assunto de extrema gravidade e que perdura há mais de um ano. Foi descumprida uma ordem judicial que determinava o esvaziamento das celas em delegacias. Só nos restou este recurso, que pode ser simbólico, mas causa algum impacto – diz o vice-presidente do sindicato, Fábio Castro.
Segundo ele, a média de presos em delegacias na semana passada – quando alguns deles chegaram a ser mantidos na rua, algemados a um corrimão, em Canoas – chegou a 120 pessoas.
– Isso significa que, se o centro de triagem prometido em novembro pelo governo já estivesse funcionando, estaria superlotado. Não adiantaria nada – desabafa o policial.
Segurança Já
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Denúncia da Ugeirm/Sindicato será protocolada nesta quarta-feira junto à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da OEA. Nesta terça-feira, 80 presos são mantidos em celas de delegacias da região
Mariana Furlan
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