
O segundo suspeito do roubo que resultou na morte da médica Graziela Lerias, 32 anos, não compareceu à 4ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, como havia sido anunciado pela defesa. Quem esteve no local foram as duas advogadas do jovem de 21 anos, Paula Fonseca e Eliane Fontoura.
Conforme as defensoras, o suspeito não pôde se apresentar devido a queimaduras que sofreu ao atear fogo no carro da vítima. As advogadas alegam que ele não estava presente no momento do crime, mas admitem que ele botou fogo no veículo. O automóvel de Graziela – um C4 – foi localizado carbonizado na noite de segunda-feira no bairro Restinga.
– Temos câmeras de segurança no local de trabalho dele, mostrando que ele estava trabalhando no momento do crime. Agora, a polícia vai atrás disso.
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Ainda segundo as advogadas, o suspeito vai ser encaminhado a um hospital e possivelmente irá depor lá.
– Ele está muito machucado, está a base de morfina. Não sabemos ainda nem se ele vai poder falar.
Após escutar a defesa do jovem, o delegado Herbert Ferreira, titular da 4ª Delegacia de Polícia, responsável pelo caso, confirmou que as mulheres negaram o envolvimento do suspeito no crime. Ele saiu com as advogadas pra tentar colher o depoimento do homem.
No fim da tarde desta quinta, o suspeito prestou depoimento na 4ª Delegacia de Polícia. O depoimento acabou sendo interrompido após ele ter uma convulsão. O Samu foi chamado e encaminhou o suspeito ao Hospital Cristo Redentor.
Na quarta-feira, o outro suspeito de participar da morte de Graziela se apresentou à polícia na companhia do avô. Ele afirmou que não teve participação no crime e que "foi um engano". O jovem de 19 anos foi encaminhado ao Presídio Central, onde ficará em prisão preventiva.