Após mais um conflito envolvendo taxistas e motoristas do Uber, na manhã desta quarta-feira, o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, defendeu que o projeto de lei que regulamenta serviços de transporte de passageiros por aplicativos deve ser votado com urgência.
– Estamos diante da iminência de uma tragédia. Se não resolvermos essa regulamentação logo, uma tragédia vai acontecer – destacou Cappellari em entrevista ao Gaúcha Atualidade.
De acordo com o diretor-presidente da EPTC, os ânimos envolvendo os motoristas estão acirrados há três meses e podem piorar caso a Câmara de Vereadores não dê urgência ao projeto.
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Ainda segundo ele, a prefeitura vai acompanhar a investigação do tumulto, que, na versão dos taxistas, teria começado porque os colaboradores do Uber estavam abordando pessoas dentro do aeroporto. E os taxistas que forem identificados como agressores serão excluídos do cadastro da EPTC.
– Não restará profissionais envolvidos em agressões, ainda mais com arma branca – garantiu Cappellari.
Desde o início do ano, quando iniciou um pente-fino nos taxistas da Capital, a EPTC já removeu a permissão de mais de 300 pessoas.
Quanto ao taxista suspeito de agredir com uma pedra um motorista do Uber, logo após a audiência publica que discutiu a regulamentação dos aplicativos, na semana passada, Cappellari disse que ele não foi punido, porque não estão "claras" as circunstâncias do caso.
– Temos cópia do termo circunstanciado lavrado, mas que não esclarece com a clareza necessária o que aconteceu para que se tome uma decisão. O suposto agressor não tem nenhuma ocorrência antecedente que justifique a exclusão neste momento. Não podemos também tomar medidas que venham a ser uma injustiça – afirmou o diretor-presidente da EPTC, acrescentando que vai acompanhar o resultado do inquérito policial.