Correção: Diferentemente do que foi publicado na quarta-feira (2), a polícia entendeu que o filho da idosa teve a intenção de matá-la. A informação foi corrigida após contato do delegado José dos Santos Araújo, titular da Delegacia de Proteção ao Idoso em Santa Maria.
A Polícia Civil remeteu à Justiça, na quarta-feira (2), o inquérito sobre a morte de uma idosa de 75 anos em 11 de novembro deste ano no bairro Noal em Santa Maria. Para a polícia, o filho dela, um homem de 45 anos, planejou o assassinato.
Segundo o delegado José dos Santos Araújo, gravações no celular do suspeito, obtidas por meio de quebra de sigilo telefônico permitida pela Justiça, provam que ele tinha a intenção de matar a mãe, Valderez dos Santos, e, depois, cometer suicídio.
Em áudios encontrados no celular do suspeito, ele explica como aconteceu a morte. Ele se despede da família, pois planejava cometer suicídio, o que tentou fazer duas vezes.
O homem confessou o crime em depoimento no dia 13. Ele disse que no dia do crime, ajudava a mãe a se vestir quando ela disse que iria matá-lo. A idosa enfrentava problemas para se locomover e utilizava um andador.
Ele teria dado, então, uma faca para a mãe, pois queria “acabar com aquela bagunça”. Ainda conforme a versão do suspeito, a mulher teria tentado atingi-lo. Ele a teria segurado pelas mãos e ela teria se levantado. Então, ele teria empurrado a idosa, que bateu com a cabeça no chão. O laudo da necropsia apontou que a morte ocorreu por traumatismo craniano.
Mas, segundo o delegado, ele deixou sete gravações de áudio dirigidas aos filhos, irmãos e esposa. Nelas, o suspeito diz que "como ela investiu contra ele, ele disse para ela: vou te matar, me matar e vamos nos encontrar no inferno".
“Ela e o filho tinham uma desavença de muito tempo”, diz o delegado.
Esse foi o 47º assassinato registrado este ano em Santa Maria.