A Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam), que faz frente ao combate à violência contra a mulher, foi alvo de vandalismo na manhã desta quinta-feira (26) em Santa Maria. A ironia do ato é que os dizeres da pichação eram um protesto ao feminicídio (morte de mulheres por violência doméstica ou discriminação de gênero).
Uma servidora percebeu o vandalismo por volta das 8h, quando chegou até o local, na Rua Duque de Caxias, Centro, em frente à Praça Saturnino de Brito.
A delegada Débora Dias suspeita que o ato seja referente ao Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, comemorado em 25 de novembro. Ela questiona e lamenta a forma de protesto.
“Nós teremos mais uma semana de programação de trabalho contra a violência contra a mulher e esse grupo estraga um prédio, patrimônio público, que não faz nem dois meses que foi todo pintado”, diz. “Então, realmente, o foco está errado. Que protesto é esse que se faz as escondidas? Protesto tem que fazer de cara limpa”.
A delegada solicitará à Guarda Municipal imagens das câmeras da Praça Saturnino de Brito para que, assim, sejam identificados os culpados, que podem responder por dano ao patrimônio.
Números de casos
A delegacia atende uma média de 5 mil ocorrências de violência contra a mulher a cada ano. Desse número, mais de 80% referem-se a casos envolvendo a Lei Maria da Penha. Nos últimos dias, a delegacia realiza o mutirão Maria da Penha, que objetiva concluir mais de 300 inquéritos. Até o momento, mais de 400 pessoas já foram ouvidas.
Com informações do Diário de Santa Maria