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O trabalho que fiz durante os protestos de junho foi mais focado no acompanhamento da investigação policial. Destaco a atuação de Fábio Almeida, da RBS TV, e de Cristiano Goulart, da Gaúcha. Buscamos informações para saber o que os grupos planejavam a cada manifestação e depois acompanhamos tudo infiltrados. Foram inúmeros flagrantes e cenas impressionantes.
Estive no meio de pedras e coquetel molotov de um lado, e de balas de borracha e gás lacrimogênio do outro. Para se ter uma ideia, tive de tomar um gole de vinho quente numa garrafa coletiva com um grupo de anarquistas. Mas valeu, consegui descobrir que eles iriam depredar prédios públicos e com isso, consegui avisar a polícia antecipadamente.
“ Buscamos informações para saber o que os grupos planejavam a cada manifestação e depois acompanhamos tudo infiltrados”
Caminhei muito naqueles dias, mantive contato com fontes policiais, punks, anarquistas e grupos sociais. Muita coisa não poderia ser divulgada, mas serviu de base para saber os reais motivos dos protestos - apenas reforço que a causa era justa e faria o mesmo que os jovens. Mas agiria da mesma forma como atuei para mostrar que no meio deles, também havia interesses e crimes praticados por minorias.
E foi justamente essa a segunda parte do trabalho. Divulgamos indiciamentos, vídeos, fotos e muito material exclusivo sobre a investigação policial. Sempre ressaltando a confiança nas fontes e na intuição de ir atrás dos fatos.
Imagens mostram confronto entre policiais e manifestantes. Veja:
Confira outros fatos da retrospectiva: