
Combatido todo ano, o mosquito transmissor da dengue será alvo de uma campanha maior de prevenção no Rio Grande do Sul neste verão. Isso porque o aedes aegypti é também responsável por espalhar a febre chikungunya e um outro vírus, identificado pela primeira vez no Brasil em abril deste ano e que tem causado preocupação entre as autoridades da saúde: o zika.
Apesar de menos agressivo que a dengue, o zika vírus pode estar relacionado a um aumento expressivo no número de bebês nascidos com microcefalia - fenômeno registrado principalmente no Norte e no Nordeste, mas também observado em São Paulo, Rio de Janeiro e no Paraná. O Rio Grande do Sul não tem casos notificados até o momento.
- A doença ainda não chegou ao Estado, mas temos certeza de que vai se espalhar. Vamos fazer uma operação de guerra para combater sua transmissão - afirmou o secretário estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis, em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira.
Para Gabbardo, a previsão de um verão ainda mais quente e chuvoso reforça a necessidade de campanhas de prevenção e investimentos no combate ao aedes aegypti. Apesar de confirmar uma intensificação no esforço de prevenção para este ano e o próximo, com reforço de R$ 3,8 milhões nas ações de vigilância e publicidade, a secretaria não detalhou as ações que serão tomadas.
RS em alerta contra surto de microcefalia
A possibilidade de que a infecção pelo zika vírus durante os primeiros meses de gestação seja a causa do aumento no número de bebês com microcefalia (malformação que causa sérias deficiências de desenvolvimento) no país levou o Ministério da Saúde a declarar estado de emergência sanitária nacional na última semana.
Para tentar evitar que mais casos de microcefalia sejam também registrados no Estado, a secretaria trata como certa, para fins de prevenção, a relação entre o zika e a malformação de fetos. O objetivo é alertar as gestantes e mulheres que pretendam engravidar sobre o risco que contrair a doença pode trazer à gravidez.