Uma tosse persistente por dois meses serviu de alerta. E, de forma surpreendente, uma radiografia mostrou grande quantidade de ovos de tênia, característicos da doença chamada cisticercose, mortos e calcificados. O diagnostico, cujo paciente não foi identificado, ocorreu no Hospital de Clínicas, em Botucatu, São Paulo. As informações são do jornal O Globo.
O caso foi publicado nas redes sociais de Vitor Borin de Souza, médico residente da instituição (veja a postagem no fim da matéria). Porém ele decidiu excluir a postagem, devido a inúmeras mensagens recebidas em sua rede social.
Considerada uma doença incomum no país, a cisticercose atinge a 150 mil pessoas anualmente e sua transmissão ocorre por contato com água, alimentos ou superfícies contaminadas com as fezes infectadas com ovos de tênia. A boa notícia é que não é preciso qualquer intervenção invasiva devido aos ovos já estarem mortos.
As pessoas ingerem os ovos da tênia no momento em que consomem o alimento, água contaminados ou colocam os dedos infectados na boca.
Os sintomas da cisticercose variam de acordo com o local no qual os ovos estão alojados. Na musculatura, os parasitas provocam inflamação e dificuldade de movimentos no paciente, mas se seguirem se reproduzindo e disseminando no corpo, podem afetar todos os sistemas da pessoa, inclusive o cérebro.
Em pacientes com infecções ativas, com o parasita vivo, o tratamento é a base de medicamentos antiparasitários e antiinflamatórios. Quando o organismo não responde os remédios, uma cirurgia pode ser necessária para a retirada.