Horas após anunciar que o Brasil confirmou os primeiros dois casos de "deltacron", recombinação genética das variantes do coronavírus Delta e Ômicron, o ministro Marcelo Queiroga, recuou. O chefe da pasta da Saúde afirmou, no fim da tarde da terça-feira (15), que as duas amostras de pacientes do Amapá e do Pará precisam passar por mais análises.
Pelo Twitter, o ministro esclareceu que as notificações foram feitas pelos Estados ao MS e que ainda precisam ter os sequenciamentos finalizados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). "De qualquer forma, não há motivos para preocupação. A OMS classificou a 'deltacron' apenas como variante para monitoramento e não a considerou como variante de interesse ou preocupação, como foi o caso da Ômicron e da Delta, por exemplo", escreveu.
— O caso está em análise. Havia recebido a informação que os casos estariam confirmados, mas a área técnica posteriormente me informou que a confirmação definitiva sairia somente na sexta. Todavia, conforme falei na entrevista pela (terça de) manhã, mesmo que haja a confirmação, não alterará o cenário epidemiológico vigente — afirmou ao jornal O GLOBO.
Ainda segundo a reportagem, um alerta enviado pelo ministério às redes de saúde, na segunda-feira, mostra que um dos dois pacientes possivelmente infectados pela variante "deltacron"apresentou os primeiros sintomas ainda em dezembro do ano passado. A amostra da cidade de Santana, no Amapá, foi colhida em 6 de janeiro.
Este segundo paciente, é um homem de 34 anos. Ele sentiu febre, tosse, dificuldade para respirar, dores de garganta, de cabeça e nas articulações, assim como perda olfato e do paladar. Ele está vacinado com esquema completo da vacina AstraZeneca.