A Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), principal sistema de integração de dados do Ministério da Saúde com Estados e municípios, voltou a funcionar. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (10) pela pasta.
A plataforma estava em manutenção desde o dia 10 de dezembro, data do primeiro ataque hacker que derrubou os sistemas do ministério. Isso causou um apagão na divulgação das informações da pandemia por parte do governo federal, que é o responsável por receber todos os registros feitos por Estados e municípios através da RNDS e divulgá-los.
Com o retorno do sistema, o ConecteSUS, aplicativo que reúne os registros da vacinação contra a covid-19, por exemplo, começa a ser abastecido novamente - a plataforma precisa dos dados da RNDS para funcionar.
Usuários que tomaram a vacina contra a covid-19 após o dia 10 de dezembro - data do primeiro ataque hacker - já começam a relatar que conseguem ver o registro da aplicação da dose no ConecteSUS. O aplicativo não estava sendo atualizado com as informações registradas nos Estados e municípios após a data da primeira invasão cibernética.
Mesmo com o restabelecimento do sistema integrador de dados da pasta, a divulgação das informações da pandemia segue no blecaute. O OpenDataSUS, usado para coleta de dados de monitoramento da doença no país, continua em manutenção e deve voltar ao ar na quarta-feira (12). A plataforma possui dados abertos do Sivep-Gripe e do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), que reúne os dados de hospitalização de casos de gripe e covid-19 e da vacinação no país, respectivamente.
O mesmo ocorre com a rede de registros usada em farmácias, que ainda está sendo restabelecida e deve voltar também na quarta-feira.
A falha no sistema central do Ministério da Saúde foi revelada de forma exclusiva por GZH. Até então, a pasta afirmava que todos os sistemas afetados pelo ataque hacker haviam sido restabelecidos antes do Natal. Porém, após a reportagem, o ministério admitiu que a plataforma RNDS ainda não havia sido restabelecida e que os registros feitos após o dia 10 de dezembro ainda não estavam disponíveis publicamente.