Líder há cinco anos de um hospital que mais parece uma cidade, com quase 7 mil colaboradores e cerca de 18 mil pessoas circulando em suas dependências diariamente, a cardiologista Nadine Clausell não para. A médica concilia a rotina de diretora-presidente do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) com as aulas que leciona para os estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e suas próprias pesquisas, na área de insuficiência cardíaca. Mesmo diante de uma rotina exaustiva, somada a cortes orçamentários na área de pesquisa, diz que não se arrepende de ter voltado do Canadá para trilhar sua carreira no Brasil – e segue acreditando em um futuro mais pujante para a ciência brasileira. Nesta entrevista, detalha as dificuldades de fazer pesquisa hoje, quadro agravado com a pandemia, e comenta sobre o desgaste causado pelo negacionismo.
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Nadine Clausell, diretora-presidente do Clínicas: "É difícil convencer um jovem da área científica de que vale a pena apostar no Brasil"
Médica e pesquisadora conta como lida com o negacionismo em tempos de pandemia e relata as dificuldades impostas pelos cortes de verbas para a pesquisa no país