Seis entidades gaúchas realizam nesta quinta-feira (2) um mutirão com o objetivo de estimular a doação de órgãos no Rio Grande do Sul. A campanha "Diga Sim à Doação de Órgãos" tem como foco a família dos doadores, pois, pela legislação brasileira, é quem decide pelo ato quando o ente querido morre. Atualmente, 2.033 gaúchos aguardam na fila por um transplante.
Segundo o coordenador da campanha e vice-presidente da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul), Rodrigo Sousa Costa, muitos familiares não sabem da escolha feita pela pessoa antes de morrer. No Rio Grande Sul, somente no primeiro semestre deste ano, 40% das famílias, ou seja, quatro em 10, disseram não para a doação de órgãos ao serem questionadas sobre a possibilidade.
Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, nesta quinta-feira, Costa afirmou que a iniciativa pretende "fazer o assunto chegar na casa dos gaúchos".
— Antes, bastava ter o status de doador na carteira de identidade para dar seguimento a transferência, mas, hoje, isso passa pelas famílias e muitas ficam sem saber [o que fazer] por não falarem sobre o tema. Queremos que esse assunto seja trazido durante o almoço para que possamos reverter esse "não" — afirmou Sousa Costa.
Ao longo da manhã, membros das instituições participantes publicaram em suas redes sociais o certificado de doador, para mostrar que desejam ajudar o próximo no futuro. O documento pode ser feito no site do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
Além da Federasul, participaram da campanha a Federação das Associações Municipais do Rio Grande do Sul(Famurs), Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul(Cremers), Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Sul(OAB-RS), Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe-RS), Assembleia Legislativa gaúcha e a ONG De Ponto A Vírgula.