Primeiro dia útil do funcionamento da bandeira preta na Capital e no resto do Estado, esta segunda-feira (1) registrou fluxo de pessoas de moderado a alto no bairro Centro Histórico, em Porto Alegre. Muitas pessoas circulavam sem máscara ou fazendo o uso inadequado do equipamento, ou seja, com a proteção abaixo do nariz ou pendurada na orelha.
Além disso, funcionários de alguns estabelecimentos que estavam abertos conversavam em pequenas rodinhas e sem máscara na calçada. Outro destaque fica para os bancos. A reportagem passou em frente a três agências bancárias, duas na Rua dos Andradas e uma na Sete de Setembro, e as filas de cada agência chegavam a aglomerar 30 pessoas.
Maria dos Santos, 65 anos, era uma das que aguardavam.
— Eu tenho um problema nos pés, não posso ficar muito tempo assim em uma fila. Faz 45 minutos que estou aguardando. Não é permitida a nossa entrada lá dentro, mas as pessoas se aglomeram aqui fora — observa.
Pelas principais vias do Centro Histórico, foi possível perceber que eram, basicamente, os estabelecimentos essenciais que funcionavam.
Na Estação Mercado, da Trensurb, o desembarque de passageiros era intenso, chegou até mesmo a formar aquela massa de pessoas que se vê em dias normais. Da plataforma da estação, foi possível perceber que os trens passavam pelo processo de higienização das superfícies pelas funcionárias de limpeza.
No bairro Azenha, região conhecida pela ampla variedade de comércio, somente os serviços essenciais estavam abertos, como ferragens, farmácias, óticas e lanchonetes.
Jaqueline Daitx, proprietária de uma agropecuária, disse que sentiu a queda na movimentação na manhã desta segunda-feira.
— Está bem diferente, está realmente tudo fechado. A gente fica até com receio, porque tem pouca gente na rua e aumenta a insegurança. Por isso, estou até com a grade de proteção meio baixa — conta.
Entre as ruas Barão do Triunfo e Botafogo, no bairro Azenha, não havia nem mesmo uma dúzia de pontos de comércio essenciais em funcionamento.