O Rio Grande do Sul já soma 1.072 casos confirmados de dengue em 2019 – quantidade quase 60 vezes superior à do ano passado, que fechou em 18. Mas com a chegada das baixas temperaturas, o número de notificações da doença vem caindo no Estado. O último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), que leva em conta a primeira semana de julho, aponta um acréscimo de 19 casos em relação ao dado anterior. Já no boletim da primeira semana de junho, na comparação com o último dado de maio, o aumento era de 128.
De acordo com a chefe da Vigilância Ambiental em Saúde da SES, Lúcia Mardini, o inverno faz o ciclo do mosquito transmissor ser mais lento, reduzindo a sua proliferação.
— Mas quando começa a esquentar, esse ciclo volta a ser rápido. E, como nosso inverno é muito irregular nos últimos anos, a expectativa é que a gente continue tendo casos mesmo no inverno — alerta.
Outro detalhe para o qual os gaúchos precisam estar atentos, segundo Lúcia, são as viagens durante as férias de inverno.
— Muita gente acaba indo para locais quentes, como o Nordeste, que vive um surto da doença. Essas pessoas podem voltar portadoras da doença e acabar difundindo a dengue ao serem picadas por um mosquito na sua cidade — observa, ao frisar que a dinâmica da doença é “homem-mosquito ou mosquito-homem”.
— Da mesma forma como um mosquito infectado, ao picar, pode infectar um homem. Da mesma forma uma pessoa infectada, ao ser picada por um mosquito são, vai torna-lo infectado — explica.
Conforme levantamento da SES, 371 municípios gaúchos são considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti — principal vetor de doenças como dengue, zika e febre chikungunya.
— Nós, gaúchos, temos que conviver com esse mosquito e seguir eliminando qualquer coisa que possa se tornar depósito de água, local de criadouro para larvas. O cuidado vai permanecer para sempre — frisa.