Alívio para uns, dor de cabeça para outros: a chegada do frio, definitivamente, não é unanimidade. Enquanto há pessoas que comemoram o fim do calorão, há quem só enxergue dias de desânimo e mal-estar pela frente —que prometem ser gelados aqui no Rio Grande do Sul. Mas afinal, qual seria a explicação para essa discrepância em relação à derrubada dos termômetros?
Primeiro é preciso deixar de lado aquela velha máxima que diz que "frio é psicológico". Não tem nada disso. A percepção do frio está diretamente relacionada a fatores como idade, gênero, composição corporal, características genéticas e até mesmo o hábito de se expor ou não às baixas temperaturas.
Por exemplo: mulheres costumam sentir mais frio que os homens. Isso porque a massa corpórea é menor e o metabolismo, geralmente, mais lento. Assim como você já deve ter ouvido falar que os gordos sentem menos a queda das temperaturas do que os magros. A justificativa é que o tecido adiposo atua como isolante térmico, aumentando a resistência ao frio. Crianças e idosos também têm mecanismos menos eficientes para driblar as temperaturas mínimas, logo sentem mais frio.
Além das diferentes sensações que as baixas temperaturas provocam, há ainda diversas respostas que o organismo dá frente ao frio. Com a queda dos termômetros, nosso corpo passa por diversas adaptações para se adequar à exposição a uma temperatura muito abaixo daquela em que precisa se manter, em torno dos 36°C. As consequências desses ajustes podem ser observadas na pele, lábios, sistema respiratório e, claro, no apetite. Saiba como os termômetros em baixa podem mexer com você e como driblar os problemas que eles causam:
- Pele - tende a ficar ressecada e, portanto, mais sensível. A saída é mantê-la hidratada e protegida com filtro solar durante o dia.
- Extremidades - pés e mãos gelados são bem comuns, afinal, o sangue leva mais tempo para alcançar essas regiões do corpo. Para aquecer as áreas, lembre-se de apostar em meias, mantas, luvas e gorros.
- Lábios - baixas temperaturas, mais tempo seco associado ao vento podem ressecar essa parte tão sensível do corpo. Para manter a região sem fissuras, invista nos protetores labiais ou cremes reparadores.
- Resfriado - nariz vermelho e congestionado, dores e espirro são os sintomas desse problema menos grave que a gripe. Para fugir dele, indica-se repouso e boa alimentação.
- Gripe - febre, dores musculares, de cabeça e de garganta são os sinais clássicos da gripe. Além de manter uma alimentação saudável, deixar os lugares com aglomeração de pessoas arejados e higienizar bem as mãos; a vacina é importante para proteger o corpo.
- Alergias - asma e rinite podem aparecer com maior frequência nos dias frios. Para evitá-las, é bom manter a casa e o ambiente de trabalho limpos e arejados.
- Apetite - não é impressão: no frio, o corpo pede mais comida, afinal, consome mais energia para manter-se aquecido. Mas não se aproveite disso para exagerar. A dica é consumir alimentos quentes, como as sopas, sem deixar de lado as frutas e verduras. Para reforçar a imunidade, invista em alimentos com vitamina C (laranja, acerola, abacaxi e bergamota) e vitamina A (cenoura, couve, espinafre e manga).
- Exercícios - não pare de praticar atividades físicas só porque está mais frio. Quem não é fã das baixas temperaturas, pode optar por práticas em ambientes fechados, como academias, quadras e até mesmo a própria casa. Para não desanimar, eis um bom incentivo: o corpo gasta mais energia para se aquecer, portanto, exercitar-se no frio pode aumentar em até 30% o gasto calórico.