Bela Gil por aqui e Kim Kardashian nos Estados Unidos são algumas das celebridades que chamaram a atenção depois de declararem que tinham ingerido a placenta após o parto. A primeira, bateu o órgão com vitamina de banana, enquanto a segunda o transformou em cápsulas. Se antes não havia nenhuma evidência científica sobre os benefícios dessa prática, agora, pesquisadores puderam comprovar: comer a placenta oferece riscos à saúde.
Publicada no periódico American Journal of Obstetrics and Gynecology, uma revisão sobre a placentofagia humana garante que a ingestão não só é nula em benefícios como aumenta o risco de infecções bacterianas e virais nos bebês. Mas eles não são os únicos afetados. O levantamento mostra que, ao contrário do que pregam os defensores do método, mulheres que comem a placenta não aumentam o índice de ferro no organismo. Pelo contrário, ficam expostas às substâncias tóxicas do órgão que podem ser transmitidas ao bebê pela amamentação.
Alex Farr, do departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Medical University of Vienna, e líder da revisão, definiu a placenta como "produto de resíduos" e criticou a técnica:
— A placenta é parte do recém-nascido, comê-la beira o canibalismo — disse ao site da universidade.
Em junho deste ano, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos emitiu um alerta sobre essa tendência em função do caso de um bebê que foi infectado por streptococcus várias vezes porque a mãe havia consumido a placenta encapsulada.