Até 2050, estima-se que uma em cada quatro pessoas terá algum problema auditivo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), contabilizando 2,5 bilhões de indivíduos. No Brasil, o cenário não é diferente. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva, divulgado pela Agência Brasil, 10,7 milhões de pessoas sofrem de deficiência auditiva no país – dessas, 2,3 milhões contam com deficiência severa.
Em vista disso, é essencial investir em tecnologias que permitam mais autonomia a todos. O uso de aparelhos auditivos pode ser muito benéfico no longo prazo, conforme aponta um relatório da revista The Lancet Healthy Longevity. A publicação associa a utilização desses instrumentos a uma diminuição de 25% no risco de mortalidade. O estudo também aconselha esses dispositivos para prolongar a vida e se prevenir contra demência.
Com base nessas vantagens, a clínica +Sons, de Porto Alegre, oferece aparelhos digitais para seus clientes. Conforme a empresa, esses mecanismos são mais potentes do que outras versões disponíveis no mercado, já que não amplificam somente o som geral, mas podem se adaptar às necessidades de cada paciente.
– Os aparelhos atuais amplificam o som. É como se dentro dele existisse um minúsculo microfone que capta o som exterior e, depois disso, amplifica através de um pequeno alto-falante embutido no aparelho, o que resulta em um aumento de volume, não necessariamente da qualidade do que se escuta – explica um dos sócios da clínica +Sons, Lucas Bastos.
Dessa forma, o usuário que estiver em um lugar público, por exemplo, vai ter amplificado não somente a voz da pessoa que está ao seu lado, mas também do veículo que passa e de todos os outros sons ao redor. Isso faz com que muitos usuários tenham pouca adesão na utilização destes equipamentos.
Já os novos aparelhos digitais possuem microfones direcionais que podem ser regulados de acordo com a deficiência auditiva apresentada pelo usuário. A partir disso, o equipamento é ajustado para a frequência de som específica que não é audível para o paciente.
– Assim, a qualidade sonora do aparelho torna-se até cinco vezes melhor do que a dos aparelhos atuais. Os pacientes que testam essa tecnologia se emocionam, porque ficam impressionados com o retorno da audição – detalha Bastos.
Em entrevista, Bastos conta um pouco mais a respeito dos problemas auditivos e dos aparelhos digitais automáticos.
Quais são as causas mais comuns de problemas auditivos?
A causa mais comum da perda auditiva é a idade mesmo. A partir dos 50 anos, há uma perda natural da audição. Pessoas que trabalharam expostas a muitos ruídos, como em construções e em rodovias, estão mais propensas a manifestar esses problemas mais cedo, já que, antigamente, não era tão comum utilizar protetores auriculares.
E, atualmente, o uso excessivo de fones de ouvido, em um volume muito alto, também pode ocasionar uma perda mais rápida de audição.
O que muda para o paciente com a utilização do novo equipamento?
O paciente com problemas auditivos começa a se isolar de outras pessoas, podendo desencadear até uma depressão. A perda da audição também pode acelerar a perda de memória e o declínio cognitivo.
Quando o paciente adquire um aparelho automático, ele tem a capacidade de voltar a socializar e interagir com conhecidos, o que impacta drasticamente na qualidade de vida do cliente.
Além disso, os aparelhos tradicionais, por não terem uma qualidade sonora muito boa, acabam não satisfazendo as necessidades dos usuários – e assim, eles desistem do uso. Já os aparelhos automáticos digitais funcionam sem troca de pilhas e são mais fáceis de usar, o que facilita muito a sua adesão.
Qualquer pessoa pode usar aparelho auditivo?
Sim, o aparelho pode ser usado por qualquer pessoa. É um equipamento muito fácil de se utilizar, já que se adapta a qualquer um. Além disso, é totalmente automático, conta com indução magnética e não precisa de pilhas.
Na clínica fazemos um teste de audiometria, que não leva mais do que 15 minutos, em que podemos saber qual a deficiência auditiva que acomete o paciente: se é leve, moderada ou grave. A partir disso, com a chegada destes novos equipamentos, podemos ajustar o aparelho auditivo para resolver aquele problema específico do paciente. Isso é inovador para quem precisa desse auxílio para ouvir melhor. O aparelho é programado para resolver aquela falha específica na frequência que causa algum grau de surdez.
Como os interessados podem ter acesso a essa tecnologia?
Na +Sons, dispomos de uma avaliação gratuita para qualquer pessoa. Basta agendar um horário e fazer o exame necessário que apontará qual o problema de audição que este paciente tem. Em Porto Alegre, já temos um estoque bem grande dos aparelhos. Após a verificação do problema, este futuro usuário recebe uma explicação de como usar e já pode sair utilizando o produto.
Mais informações podem ser obtidas através do WhatsApp da Clínica +Sons pelo número (51) 99233-1804, pelo telefone 51-3061-7373, ou no consultório localizado na Rua Silva Só, 54 – quase esquina com a Avenida Protásio Alves, em Porto Alegre. As avaliações e testes são realizados com agendamento de horário.