De acordo com o Relatório Mundial sobre Audição da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado em 2021, cerca de 2,5 bilhões de pessoas no mundo terão algum grau de perda auditiva até 2050. Isso equivale a um quarto da população global. No Brasil, esses números chegam a 2,3 milhões de indivíduos que declararam não ouvir nada ou ter algum tipo de dificuldade em escutar, conforme dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para a maior parte destes casos, o uso de aparelhos pode proporcionar alguns benefícios. Nos últimos anos, empresas de tecnologia têm desenvolvido ferramentas para oferecer níveis de audição melhores para os usuários de aparelhos auditivos. Recentemente, a clínica +Sons (clínica de audição), de Porto Alegre, trouxe para o sul do país uma série de aparelhos digitais que prometem melhorar em até cinco vezes a qualidade sonora destes equipamentos.
Por representarem a mais nova tecnologia, os aparelhos são invisíveis ao olhar, automáticos, sem troca de pilhas e com adaptação instantânea. Além disso, é possível selecionar todas as frequências através de um software, proporcionando uma qualidade de som em todos os ambientes. Segundo a empresa, estudos recentes da neurociência comprovaram que estas exatas próteses são capazes de estimular novos neurônios no sistema nervoso central, melhorando a audição a memória, e a parte cognitiva do paciente.
De acordo com Lucas Bastos, sócio da +Sons, a procura pelo atendimento especializado torna-se fundamental quando aparecem os primeiros sinais de deficiência auditiva. Ainda conforme Bastos, eles podem aparecer em qualquer estágio da vida com algum grau de perda auditiva, já que isso faz parte do envelhecimento natural. Na clínica +Sons, 80% a 90% dos pacientes que procuram as soluções têm mais de 65 anos.
– É neste período que começamos a perder a audição. E é a partir desta fase da vida que as dificuldades de escutar aparecem e que as pessoas procuram ajuda para resolver o problema. No entanto, já temos jovens que sofrem com alguma perda na qualidade auditiva por questões naturais ou externas. O importante é estar atento a qualquer anormalidade na audição – ressalta.
Para Bastos, hoje é possível ter uma audição de qualidade com aparelhos modernos, cada vez menores e mais eficientes. Sem isso, conversar, falar ao telefone e até mesmo assistir televisão podem ser tarefas difíceis para quem sofre com a perda auditiva.
– A pouca qualidade de som dos aparelhos auditivos atuais, sem dúvida, diminui a qualidade de vida de quem depende deles para coisas básicas do dia a dia. Conversar, falar ao telefone e até mesmo assistir televisão podem ser tarefas difíceis para quem sofre com isso. Já os novos aparelhos digitais, melhoram a condição do som ambiente ao seu redor, além de maior facilidade de uso e conforto na adaptação – afirma.
Em entrevista, Lucas Bastos, um dos sócios da clínica +Sons fala mais sobre as vantagens desta tecnologia e elenca as novidades do setor de equipamentos da área de saúde auditiva:
Qual a diferença dos aparelhos digitais para os que são vendidos atualmente no mercado?
Os aparelhos atuais amplificam o som. É como se dentro dele existisse um minúsculo microfone que capta o som exterior e, depois disso, amplifica através de um pequeno alto-falante embutido no aparelho – o que resulta em um aumento de volume, não necessariamente da qualidade do que se escuta. Então, o usuário que estiver em um lugar público, por exemplo, vai ter amplificado não somente a voz da pessoa que está ao seu lado, mas também do veículo que passa e buzina, além de todos os outros sons ao seu redor. Isso faz com que muitos usuários tenham pouca adesão na utilização destes equipamentos. Já os novos aparelhos digitais possuem microfones direcionais que podem ser regulados de acordo com a deficiência auditiva apresentada por seu usuário. A partir disso, o equipamento é ajustado para a frequência de som específica que não é audível para o paciente. A qualidade sonora do aparelho torna-se até cinco vezes melhor do que a dos aparelhos atuais.
E o que muda para o paciente com a utilização do novo equipamento?
A perda auditiva é uma coisa muito séria, pois além da audição, pode acelerar a perda de memória e o declínio cognitivo. Quando o paciente procura ajuda, o que demora, em média, até cinco anos após o surgimento dos primeiros sintomas, ele já está com uma perda significativa na capacidade de ouvir. Nestes casos, a situação do homem é até pior, pois ele demora ainda mais para buscar orientação médica.
Quando este paciente compra um aparelho tradicional para ouvir melhor e a questão não se resolve (pela qualidade do som, por exemplo) ele acaba por negligenciar o problema. Além da vantagem na qualidade de áudio, os aparelhos automáticos digitais funcionam sem troca de pilha e são mais fáceis de usar, o que facilita muito a sua adesão. Já que o abandono do uso de equipamentos auditivos atuais é comum pelo incômodo e pelo excesso de ruídos provocado por sua pouca qualidade sonora.
Qualquer pessoa pode usar aparelho auditivo?
Na clínica costumamos fazer um teste de audiometria, que não leva mais do que 15 minutos, em que podemos saber qual a deficiência auditiva que acomete o paciente: se é leve, moderada ou grave. A partir disso, com a chegada destes novos equipamentos, podemos ajustar o aparelho auditivo para resolver aquele problema específico do paciente. Isso é inovador para quem precisa desse auxílio para ouvir melhor. O aparelho é programado para resolver aquela falha especifica na frequência que causa algum grau de surdez.
Como ter acesso a tecnologia? Já está disponível em Porto Alegre?
Em nossa clínica dispomos de uma avaliação gratuita para qualquer pessoa. Basta agendar um horário e fazer o exame necessário que apontará qual o problema de audição que este paciente tem. Em Porto Alegre já temos um lote, ainda limitado, de aparelhos desta geração. Após a verificação do problema, este futuro usuário recebe uma explicação de como usar e já pode sair utilizando o produto.
Mais informações podem ser obtidas através do WhatsApp da Clínica +Sons pelo número (51) 99233-1804 ou no consultório localizado na Rua Silva Só, 54 – quase esquina com a Avenida Protásio Alves, em Porto Alegre.