A Polícia Civil irá chamar para prestar depoimento, no início de dezembro, o motociclista que colidiu com a patinete conduzida pelo músico e publicitário Vinícius de Andrade Cordeiro, que morreu no acidente.
Segundo a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) foi a primeira colisão envolvendo patinete que terminou em morte. O acidente aconteceu em 1º de novembro.
— Esse dia nunca vai se apagar da nossa mente. A notícia chegou logo depois do acidente. Um familiar estava próximo e chegou enquanto tentavam socorrer o Vini — conta Tamires Cordeiro, irmã do publicitário.
Conforme Tamires, há grande expectativa, por parte da família, de amigos e pessoas próximas, de que as autoridades possam esclarecer como se deu o acidente, especialmente, se houve descumprimento às regras de trânsito ou eventual falha no equipamento pilotado por Vinicius.
As respostas, de acordo com o delegado Carlo Butarelli, responsável pela apuração na Delegacia de Delitos de Trânsito da Capital, deverão ser apresentadas com a análise dos laudos periciais que estão em elaboração no Instituto-Geral de Perícias (IGP).
Estão em exame imagens de câmeras da região, o ciclo do semáforo, as condições eletromecânicas da motocicleta e da patinete, a dinâmica da colisão, envolvendo traçado e velocidade, e também a causa da morte de Vinícius.
Butarelli confirmou, nessa segunda-feira (25), que aguarda os laudos para agendar a tomada de depoimento do motociclista. O homem de 47 anos ficou ferido e foi hospitalizado, sendo liberado um dia depois do acidente.
Família está inconformada
Vinícius Cordeiro, integrante da banda Os Latinoamericanos, foi sepultado em 2 de novembro, na Capital. Ele deixou pais, irmãs, companheira e dois filhos de relacionamentos anteriores, meninos de 13 e oito anos.
A irmã de Vinícius diz que a família aguarda, desde a tragédia, pelo contato da empresa JET, que segundo ela não estabeleceu diálogo. Tamires relata que a empresa designou a tarefa de comunicar providências a uma companhia seguradora e não responde às tentativas de contato.
Ela afirma que a família não recebeu auxílio para despesas com funeral e aponta que a seguradora teria depositado R$ 5 mil, a serem divididos entre os dois filhos de Vinícius. O valor estaria em contas que poderão ser acessadas quando o menino e o adolescente atingirem a maioridade, daqui a cinco e 10 anos.
Contraponto da JET
A empresa JET remeteu nota em resposta ao pedido de informações de Zero Hora, na qual não contrapõe o argumento de que a comunicação com familiares de Vinícius foi realizada por uma seguradora. Também não contesta o relato sobre o valor apresentado e a forma como foi destinado.
Leia abaixo:
"A JET lamenta profundamente o ocorrido, reitera que o veículo estava em perfeitas condições de uso e que está à disposição para colaborar com as investigações", pontua a nota.