O Quarto Distrito, o Centro Histórico e a Cidade Baixa, em Porto Alegre, vão receber shows e rodadas de negócios que pretendem aproximar artistas expoentes de investidores e produtores do Brasil e do mundo, na quinta edição do festival MATE - Música, Arte, Tecnologia e Educação.
A programação começa na quinta-feira (30) e vai até o domingo, passando pelo espaço Vila Flores, na Casa de Cultura Mario Quintana e nos bares Agulha e Opinião.
O idealizador e criador do evento é Eron Quintiliano, paranaense radicado em Portugal. Ele já trabalhava com produção musical quando veio para Porto Alegre em 2015 e presenciou o nascimento do Quarto Distrito como uma região com potencial para a nova economia.
Na Zona Norte, Quintiliano encontrou conexões suficientes e pensou no evento que pudesse unir o potencial desta economia criativa local para chegar a âmbitos nacionais e até internacionais.
— O projeto nasce em Porto Alegre e é levado para Portugal e Espanha, diferentemente de outros eventos que replicam aqui os modelos que já são feitos lá fora. Tentamos mostrar as várias áreas interligadas e convergentes que compõe esta economia e geram muitos empregos. A música depende de vários outros profissionais criativos e também dos operacionais, que tem papel fundamental, como contador e advogado, por exemplo — explica Quintiliano.
Atrações musicais
A programação traz atrações musicais diversas, com nacionalidades e ritmos que compõem influências em composições brasileiras. Além dos artistas convidados, Quintiliano conta que foram quase 500 inscrições para os emergentes que gostariam de participar da oportunidade de serem impulsionados. Foram selecionados 11 artistas, a maioria gaúchos. O line-up privilegiou artistas diversos, negros e negras, que formassem um mapa brasileiro com as diferentes regiões contempladas nos palcos de Porto Alegre, Eron ressalta.
— O propósito maior é que a gente promova conexões econômicas que gerem negócios não só na indústria criativa. Queremos mostrar artistas emergentes e aproximá-los. Traremos produtores, curadores e programadores de festivais de todo Brasil para ouvir estes artistas tocando e colocar todos para conversar em rodadas de negócio — projeta.
Ambiente cosmopolita
Na visão do produtor, a educação e a cultura são o que vão permitir que a sociedade se conecte às melhorias que precisamos para resolver problemas do mundo que estão precisando de nossa ação. Para isso, serão oferecidas palestras em formato de painéis, que abordam temas como patrimônio cultural dos bens materiais e imateriais, o panorama da nova economia mundial e o crescimento das indústrias criativas, o atual momento do mercado da música digital no Brasil, os novos festivais e o fortalecimento dos grandes festivais. Entre as palestras, o Panorama dos festivais da música brasileira, com Nathalia Pádua (Mapa dos Festivais), e Relacionamento na era da informação massiva, com Bruna Paulin (idealizadora do podcast A História do Disco).
— Buscamos uma visão focada no desenvolvimento do mercado do Sul do Brasil, ampliado para a América Latina e, agora Europa, abraçando toda diversidade que nosso cenário apresenta. A cada edição, o aumento da participação de mulheres e grupos minorizados, fazem com que a programação reflita e promova, através dos pilares que formam o MATE, todas as cores e gêneros musicais — destaca Bruno Melo, produtor executivo do evento.
O acesso aos eventos musicais e palestras é possível mediante a compra de ingresso neste link.