
A Polícia Civil solicitou imagens de câmeras de videomonitoramento da concessionária CCR ViaSul com objetivo de esclarecer como ocorreu a colisão que matou duas pessoas no dia 1º de setembro na freeway, em Gravataí. O acidente aconteceu no km 59,7, no sentido Litoral-Capital, próximo ao pedágio da cidade.
Conforme o delegado Eduardo Amaral, responsável pelo inquérito, as vítimas estavam em um veículo Onix, que havia sido resgatado por guincho da concessionária após uma pane mecânica. As vítimas foram identificadas como Aline Nunes Bergental, 44 anos, e Márcio Monteiro Costa, 45 anos, ambos moradores de Alvorada.
— Solicitamos as imagens na expectativa de esclarecermos a dinâmica do acidente. O que sabemos, com base nos depoimentos, é que o carro já estava em cima do guincho quando o caminhão colidiu na traseira dos veículos ocasionando a morte das duas pessoas que estavam no banco de trás — descreve Amaral.
O delegado explica que há divergências sobre o cenário no qual ocorreu o fato. Em seu depoimento, o motorista do caminhão afirmou que o perímetro do local onde o guincho efetuava o resgate não estava sinalizado. Ele também contou que a neblina teria prejudicando sua visão.
— Sob tais afirmações, o condutor do caminhão disse que não enxergou o guincho a tempo de desviar e acabou colidindo — aponta Amaral. O acidente aconteceu por volta de 2h. O relato do caminhoneiro, contudo, difere do que foi apontado pelas outras pessoas envolvidas.
— Nos depoimentos, o guincheiro e o motorista do automóvel resgatado contaram que não havia neblina e disseram que o local estava bem iluminado, o que faz sentido, pois se trata da praça de pedágio — analisa o delegado.
Amaral conta ainda que havia quatro pessoas no automóvel e que elas foram orientadas a ficar dentro do veículo durante o resgate. Tanto a passageira que estava no banco do carona, uma mulher de 26 anos, quanto o condutor do carro, um homem de 29 anos, tiveram ferimentos e precisaram ser socorridos. Segundo o delegado, ambos estão em condição estável de saúde.
Ainda de acordo com o delegado, o caminhoneiro passou por teste de bafômetro, o qual indicou que não havia indícios de consumo alcoólico. O fato é apurado, em caráter preliminar, como um homicídio culposo decorrente de acidente de trânsito.