Uma caneta e um papel nas mãos podem se transformar em um passaporte para Amsterdam, na Holanda, para o vencedor do Red Bull Doodle Art 2023, uma competição global de desenhos feitos com rabiscos – ou doodles – que chegou à Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), na noite desta quarta-feira (22).
A ação foi realizada em frente ao prédio seis da universidade, entre 18h e 19h, no local conhecido como Largo da Solidariedade, e contou com música e distribuição de energéticos aos participantes. Conforme a organização do evento, promovido pela Red Bull, pelo menos 200 pessoas participaram.
Moradora do bairro Partenon, a estudante do terceiro semestre de arquitetura e urbanismo Júlia Leite, 19 anos, ficou sabendo da ação por uma amiga e decidiu participar.
— Eu fiquei sabendo na hora. Gosto bastante de desenhar, faço arquitetura, tem relação com a área. Foi muito legal porque o desenho estimula a criatividade inclusive para os outros estudantes de outros cursos — comenta.
O desafio inclui quatro etapas: primeiro, os candidatos enviam seus doodles online ou em um evento local. Em seguida, um painel de juízes analisa as inscrições elegíveis e escolhe o vencedor nacional que representará o país.
Depois, cada vencedor nacional tem acesso a um mentor artístico enquanto aprimora seu doodle para a etapa mundial. Por fim, os rabiscos dos vencedores nacionais são exibidos na grande final, onde um painel global de juízes anuncia o vencedor geral do Red Bull Doodle Art.
Neste ano, a banca de avaliadores contará com especialistas como os artistas visuais Mauro Martins e Lilian Farrish que selecionarão 40 obras. Serão considerados critérios como criatividade, habilidade artística e a forma como o doodle conta a sua história.
A decisão nacional ocorrerá em São Paulo, em maio, em data a ser definida. É possível se inscrever online para participar do concurso até o dia 31 de março pelo site do evento.
A primeira edição do Red Bull Doodle Art foi realizada em 2012 e, desde então, a competição permaneceu fiel ao seu conceito de caneta sobre papel, evoluindo para incluir galerias virtuais e novas tecnologias. Em 2023, as obras vencedoras podem rodar o mundo, sendo exibidas em galerias de arte e ainda levar um brasileiro para Holanda, com a chance de transformar sua ilustração em uma NFT (sigla para non-fungible token, representação digital de um item exclusivo, seja ele virtual ou físico).