O final de ano no bairro Bom Fim não poderia ser o mesmo sem a "feirinha". Em meio à pandemia, com toda a necessidade de distanciamento e protocolos de saúde, teve início nesta segunda-feira a 36ª Edição da Feira de Natal do bairro Bom Fim. Até sexta-feira, mais de 25 expositores no canteiro Central da rua José Bonifácio mostram itens de artesanato, com ênfase nas vendas de Natal.
A abertura das barracas, na tarde desta segunda-feira, foi tímida. Entretanto, aos poucos, os clientes começaram a aparecer. A aposentada Bernardete Heidrich, de 60 anos, é moradora do bairro e saiu para caminhar. Sem saber, deparou-se com os expositores na região e gostou do que viu.
— O dia está bonito. Passou o temporal. Eu saí para dar uma caminhada e me surpreendi. Quando a gente encontra algum produto artesanal com bom gosto, a gente gosta de comprar. O Natal está aí — disse ela, que gostou de trilho de crochê e panos de prato natalinos.
Em outro ponto da feira, após acompanhar a irmã em um atendimento médico, a vendedora de bebidas Tânia Praia dos Santos, de 70 anos, namorava alguns itens. No caminho entre o centro médico e o local onde iria tomar uma lotação, parou para olhar os produtos.
— A gente só passou por aqui. Mas já estamos colocando colírio nos olhos. Vamos olhando coisinhas bonitas, para depois comprar. A gente nunca sabe. Se bater o coração, a gente pega e leva — disse ela.
A expositora, Rosália Seguecio, de 77 anos, fez vários trabalhos de crochê durante a pandemia, e estava empolgada com a expectativa de vendas. Segundo ela, neste ano, a artesã aproveitou o período de reclusão para aprimorar os trabalhos.
— Eu cumpri as regras sem sair de casa, tudo certinho, em casa, fechada. Agora, não quero ver crochê tão cedo (risos). Só quero que a gente venda bastante e que as pessoas gostem. Aqui é um lugar aberto, o que é melhor — comentou.
Entre os produtos a venda, estão artesanatos como velas, bonecos de fantoche, panos de prato, jogos americanos de proteção de mesa, enfeites, entre outros. A Feira de Natal do Bom Fim ocorre entre 16h e 21h. O organizador da feira, Gilberto D'Ávila, afirmou que todos os vendedores são obrigados a utilizarem máscara, e terem a disposição álcool gel. Conforme ele, apesar da preocupação com os protocolos, a expectativa é de bons negócios durante a feira.
— Por incrível que pareça, os vendedores estão bem animados. Eles vieram empolgados mesmo. A gente estende esse trabalho até 21h, que para que o pessoal venha aqui após o trabalho. E o pessoal pode vir, porque a gente está tomando todos os cuidados — disse.