O projeto de lei que cria novas regras aos food trucks não agradou a categoria. De autoria dos vereadores Comandante Nádia (MDB), Felipe Camozzato (Novo), Mendes Ribeiro (MDB), Moisés Barboza (PSDB) e Ricardo Gomes (PP), o texto prevê que os veículos mantenham uma distância mínima de 100m de restaurante e danceterias, e de 150m de shoppings e centros comerciais. Também fica proibido o estacionamento de quatro veículos no mesmo raio de 100m e a venda no trecho 1 da orla do Guaíba.
O prefeito Nelson Marchezan até tentou vetar as normas na semana passada, mas a Câmara Municipal não aceitou. O único veto mantido foi o que autoriza os comerciantes a venderem suas comidas no bairro Cidade Baixa. Na visão do prefeito, a proibição seria uma "medida extrema" e uma "ofensa ao Princípio da Livre Iniciativa".
Presidente da Associação Gáucha dos Food Trucks do Estado, Neno Guterres afirma que o projeto de lei é um "grande atraso", indo contra a "visão empreendedora" do prefeito.
— Ficou totalmente inviável para colocar um food truck na cidade. Vamos reunir os mais de 80 comerciantes para discutir isso — declara Guterres.
Um dos autores do projeto, o vereador Felipe Camozzatto discorda. Ele explica que a regra da distância mínima pode ser eliminada por meio de uma autorização, cedida pelo Escritório de Eventos da prefeitura, o que traria mais "segurança jurídica".
— É evidente que são regras melhores. Não tem nada que regrediu — alega.