O prefeito Nelson Marchezan começa a analisar na próxima semana o texto final da Lei Geral dos Táxis, aprovado pelos vereadores no fim de março. O chefe do executivo deverá usar o prazo legal de 15 dias para fazer as avaliações necessárias.
A maior expectativa está em torno de um possível veto à troca da cor dos táxi, que passariam do vermelho ibérico — também conhecido como laranja — para branco. O prefeito já manifestou que a cor laranja é um diferencial histórico, uma marca do serviço na Capital. Caso a troca seja aprovada, os motoristas terão dois anos para se adequar.
Uma pesquisa do Sintáxi indica que a categoria está dividida: 51% favoráveis ao laranja e 49% à cor branca. Na última terça-feira, GauchaZH fez um levantamento com 50 taxistas na Estação Rodoviária e na Avenida Borges de Medeiros, próximo ao Largo Glênio Peres, e identificou uma tendência contrária à nova cor. Dos ouvidos pela reportagem, 42 apoiaram a permanência do vermelho ibérico e apenas oito defenderam o branco
A mudança da cor dos táxis está prevista em uma emenda ao projeto do Executivo que estabelece novas regras para o serviço na Capital. Proposta pelos vereadores Moisés Barboza (PSDB), Ricardo Gomes (PP) e Comandante Nádia (PMDB), a alteração depende de sanção do prefeito Nelson Marchezan. Mas o fato de o primeiro ser o líder do governo no Legislativo e o segundo pertencer ao partido do vice-prefeito Gustavo Paim pode ser visto como um sinal de que a medida será referendada por Marchezan.
A justificativa para que os táxis sejam brancos e não laranja é financeira, não visual. Na emenda, os parlamentares escreveram que "propiciará uma melhor viabilidade econômica para a atividade, dispensando os taxistas de terem que pintar ou adesivar os carros no momento da compra e ingresso na frota, bem como no momento da venda à particulares". Os táxis terão 24 meses para adequação.