Pegar táxi não precisa mais ser uma atividade solitária — e pode até se tornar mais econômica. Após a autorização para realizar corridas compartilhadas entre passageiros, aprovada pela Câmara na última quarta-feira (28), chega a Porto Alegre um aplicativo que promete agilizar o serviço. O Splitaxi conecta, em tempo real, o passageiro que já está no táxi com pessoas que procuram transporte com um destino parecido. Funciona assim: você chama o táxi pelo aplicativo e, no começo da corrida, habilita a opção de compartilhar a viagem. Nesse momento, você determina o quanto quer desviar da sua rota para pegar outro passageiro. O app indica pessoas próximas e com destino parecido — você escolhe se aceita ou não.
Funciona assim: você chama o táxi pelo aplicativo e, no começo da corrida, habilita a opção de compartilhar a viagem. O app irá indicar pessoas quem estejam próximas do percurso e que tenham destino parecido. A ideia, conforme os desenvolvedores do projeto, é que o serviço beneficie usuários, taxistas e o ambiente, por "otimizar as viagens". O pagamento pode ser feito em dinheiro e cartão de crédito.
No final do trajeto, passageiros que optarem pelo compartilhamento podem receber descontos de 25% a 35% sobre o preço da corrida — o valor é calculado de forma proporcional. CEO da empresa, Luis Henrique Rodrigues explica que, se uma pessoa embarca em uma corrida de R$ 20 e, no caminho, a compartilha com um segundo passageiro que faz uma corrida de R$ 10, elas recebem descontos porque o lucro "se tornou maior para o motorista", que uniu duas corridas. O cálculo é feito pelo app ao fim da corrida, com base nos valores indicados pelo taxímetro.
— Ele faria uma corrida menor, mas pôde agregar outra, o valor se tornou maior — argumenta Rodrigues. — Não é que o taxista esteja perdendo um passageiro ao unir dois, porque ele não conseguiria pegar aquele segundo passageiro.
Segundo Rodrigues, o app está sempre disponível, mas é ideal para momentos de demanda maior do que a oferta, como em dias de shows ou chuvosos e horários de grande fluxo de veículos.
A ideia de dividir o espaço com um desconhecido pode não parecer agradável, mas Rodrigues garante que a empresa tem políticas voltadas à segurança de passageiros. Segundo a empresa, além da verificação da identidade e do cartão de crédito dos usuários, há registro de onde começaram as corridas, para onde foram e os horários em que ocorreram. No próprio aplicativo, clientes mulheres podem restringir a procura por compartilhamento de viagem apenas para outras mulheres. Cadastros de taxistas parceiros são verificados junto a informações da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).
Tido como tendência mundial pela equipe, o aplicativo foi desenvolvido em novembro de 2016, em Porto Alegre. O modelo de negócio é inspirado na Grécia, "onde culturalmente os passageiros compartilham corridas organizadas pelo próprio taxista", afirma o grego Dimitrios Bessas, que trabalhou no desenvolvimento do app.