Desde a última semana, pacientes do Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre que precisam realizar exames de tomografia precisam ser removidos para outros locais. É que o único tomógrafo do hospital está estragado desde sexta-feira, o que vem atrasando exames de pacientes.
Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a empresa responsável pela manutenção, que tem contrato com a prefeitura, foi chamada e constatou que seria necessária a troca de uma peça. O tomógrafo seguiu fora de operação no fim de semana, e a manutenção foi feita na última segunda-feira (12). No mesmo dia, o equipamento deixou de funcionar novamente.
Com o equipamento fora de operação, o HPS aciona outros hospitais da rede para que façam o exame, e os pacientes precisam ser encaminhados através de ambulâncias ou de outros veículos, conforme necessidade de cada um.
Como os hospitais possuem a própria demanda e os pacientes são classificados conforme a urgência, o atendimento pode demorar. O filho de Amélia Scarpini teve um acidente de trabalho e chegou ao HPS pouco antes das 19h desta terça-feira (13). Conforme Amélia, Renato Scarpini sofreu um ferimento na cabeça e no olho e aguarda por uma tomografia desde a noite passada, quando foi identificado na triagem que precisaria do exame. No entanto, os funcionários informaram que não há previsão. Até agora, ele fez somente um exame em uma das mãos, conforme a mãe:
— Ele teria que ir até o Cristo Redentor para fazer o exame, mas o Cristo também tem demanda. Os funcionários comentam que o problema persiste há dias. Quando há autorização para o exame, os pacientes esbarram no problema do transporte, porque as ambulâncias priorizam os casos mais graves. Conseguimos o transporte da empresa dele para ele ir até o outro hospital, mas ainda não sabemos se ele vai poder usar — lamenta.
O equipamento foi instalado em outubro de 2014 e realiza cerca de 80 exames de imagem por dia – para casos de problemas técnicos, há um contrato de manutenção preventiva. Equipes estão nesta quarta-feira (14) tentando novamente corrigir o problema.
A SMS afirma que o equipamento é utilizado intensamente. Por isso, há uma licitação aberta para a compra de um novo tomógrafo, que vai reforçar o atendimento no local. O valor médio fica em torno de R$ 1,2 milhão e R$ 1,5 milhão.