
O início da restauração dos 11 armazéns do Cais Mauá está próximo. A expectativa do consórcio responsável pela obra é que os trabalhos comecem em 30 dias. Nos próximos dias, o Governo do Estado e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) devem dar a autorização final que permitirá a contratação das empresas envolvidas.
O consórcio Cais Mauá do Brasil já estabeleceu conversação com as empresas que deverão trabalhar na obra. As primeiras movimentações que serão vistas no local serão a instalação do canteiro de obras e da rede de energia necessária para execução dos serviços. Será priorizada a retirada dos materiais que hoje estão no cais e que podem trazer algum risco ambiental. Foi identificado na região, por exemplo, a presença de um tanque de combustível que precisa ser removido.
Segundo o diretor de Operações do empreendimento, Sérgio Lima, nos primeiros dois anos o foco será restaurar os 11 armazéns. Eles se transformarão em áreas de bares e restaurantes, livraria, centro de convenções e operações de negócio, além de espaços para promoção de cultura.
Essa restauração irá custar R$ 70 milhões. Outros R$ 49 milhões serão investidos para atender 40 exigências feitas pela prefeitura como a criação de aproximadamente 8 quilômetros de ciclovia para Porto Alegre e também a revitalização de duas passagens de nível para facilitar o acesso de pedestres ao Cais Mauá, que estão localizados na rua Ramiro Barcelos e no largo do Mercado Público. Os recursos virão de um fundo de investimento que irá bancar a obra.
Para realizar as outras duas etapas, o consórcio precisará receber novas autorizações. Está prevista, ainda, a construção de três torres na zona das docas (perto da Rodoviária) e de um centro comercial próximo ao Gasômetro. Todo o complexo de 3,2 quilômetros deverá custar entre R$ 500 milhões e R$ 700 milhões e ficar pronto em até seis anos. A exploração do espaço ocorrerá por 25 anos, com possibilidade de prorrogação por mais 25 anos.