A secretária municipal de Desenvolvimento Social, Maria de Fátima Paludo, afirmou nesta terça-feira que a falta de técnicos terceirizados para prestar assistência social em Porto Alegre será resolvida nos próximos 20 dias com a contratação de uma empresa conveniada.
Em reportagem publicada na segunda-feira (9), Zero Hora mostrou uma redução de 52,4% no número de funcionários dos Centros de Referência em Assistência Social (Cras) e nos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas). Esses locais oferecem acompanhamento familiar de psicólogos, educadores e assistentes sociais em áreas vulneráveis da cidade. A principal defasagem recente, segundo dados da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), é justamente a saída de 110 técnicos que eram terceirizados ao final de um convênio. Esse contrato, segundo a secretária, era irregular: a empresa estava conveniada há sete anos, quando a lei prevê um máximo de cinco anos.
– Eu estou fazendo um mea culpa. Na pretensão de chamar os concursados, se atrasou um pouco o chamamento de outra empresa. Mas nos comprometemos de, em 20 dias, a partir deste mês, resolver essa situação com a contratação de outra conveniada – disse a secretária ao programa Gaúcha Atualidade.
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Além da falta de verbas decorrente da crise financeira do município, Maria de Fátima afirma que a assistência social em Porto Alegre tinha problemas de administração que vêm de gestões passadas. Sem pagamento, algumas empresas evitam prestar serviços ao município. Por exemplo, algumas locadoras de veículo romperam os contratos – de 69 carros alugados para prestar assistência à população nas ruas, a Fasc agora dispõe de 37.
– Não temos aquela facilidade de ter um carro super à disposição – reconheceu.
