Três anos depois de conquistar a verba para a construção de um centro de eventos de grande porte em Porto Alegre, o município ainda não apresentou o terreno onde o local será construído. Se não apontar a área até junho, perderá os recursos do PAC do Turismo do governo federal.
O secretário de Desenvolvimento Econômico da Capital, Ricardo Gomes, diz que negocia em paralelo a obtenção de outros dois terrenos para não perder o prazo. A ideia é construir o centro de eventos em parceria com uma empresa privada, que bancaria parte da obra e exploraria o local.
– Temos um terreno que a negociação está mais adiantada e outros dois que ainda estamos analisando. O meu compromisso com o setor do turismo é que viabilizaremos o primeiro terreno que for possível – afirma.
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Confira os principais trechos da entrevista:
O que será feito para garantir esse espaço?
Temos três terrenos em vista e estamos trabalhando para garantir a posse deles. Mesmo que seja renovado o prazo para a liberação do recurso, temos que garantir a posse do terreno (onde será feita a obra). Temos um terreno que a negociação está mais adiantada e outros dois que ainda estamos analisando. Para não perdermos o prazo, estamos trabalhando com todas as possibilidades, em paralelo. O meu compromisso com o setor do turismo é que viabilizaremos o primeiro terreno que for possível. Tem uma variação de área, mas todos atendem ao mínimo necessário para um pavilhão de 30 mil m² e um centro de eventos de 9 mil m².
O recurso federal não cobre toda a obra. Quais os planos da prefeitura para a construção?
Esse recurso é sem contrapartida, a prefeitura não precisa pagar parte da obra. Então, nossa ideia é realizá-la junto com a Secretaria de Parcerias Estratégicas, que irá buscar um parceiro do setor privado que banque a obra, em troca de parte da gestão do centro de eventos no futuro. Isso ainda não foi modelado como negócio, pois primeiro temos que garantir o recurso, apresentar o imóvel com urgência.
A prefeitura tem condições de realizar a obra?
A prefeitura não tem dinheiro para desembolsar uma obra dessas, por isso a importância de mantermos o recurso federal e buscarmos o resto junto à iniciativa privada. O prefeito é muito claro de que nós não iniciaremos obras que não teremos dinheiro para terminar.
Quando a obra vai começar?
Não tenho um prazo para começar a obra, mas o próprio convênio prevê que que os R$ 60 milhões possam ser usados para fazer um projeto. Mas o prazo para isso eu ainda não tenho.
Qual será o valor total da obra?
Só faremos o projeto a partir do terreno. Então, tendo o terreno, vamos fazer o projeto e teremos conhecimento do gasto.