
Centenas de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) iniciaram, nesta segunda-feira (5), um acampamento no pátio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Ministério da Fazenda em Porto Alegre. Eles impedem a entrada de funcionários e exigem a retomada da reforma agrária.
A manifestação reclama da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que considera irregulares 578 mil assentados no país e, com isso, paralisou a reforma. No Rio Grande do Sul, a lista inclui 10,5 mil beneficiários, que tiveram acessos a crédito e a recursos de programas suspensos.
Os manifestantes chegaram por volta das 7h em pelo menos dez ônibus, carregando barracas, itens de cozinha, bandeiras e colchões. Não há previsão para que deixem o local.
O protesto também é contra a reforma da previdência rural e a venda de terras brasileiras a estrangeiros, medidas sinalizadas pelo governo de Michel Temer.
É uma mobilização nacional organizada em diversos estados. Em Porto Alegre, também participam do protesto a Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC).