O desfile cívico e tradicionalista de 20 de Setembro marcou a manhã desta terça-feira na Avenida Edvaldo Pereira Paiva, junto ao Parque Marinha do Brasil, em Porto Alegre. Depois da passagem de representantes de instituições como a Brigada Militar – incluindo caminhões dos bombeiros e o sobrevoo de um helicóptero –, cerca de 1,5 mil cavalarianos de 67 entidades tradicionalistas marcharam em direção à Avenida Ipiranga, segundo estimativa do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG).
Membro de um dos piquetes, Thiago Silvino, 27 anos, levou o sobrinho Rodrigo, de apenas 3 anos, junto de si no lombo do cavalo. Era a primeira participação do guri – que ao final do desfile dizia, cheio de coragem, que no próximo ano quer cavalgar sozinho.
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Ao longo dos três quilômetros do percurso, milhares de pessoas assistiram à demonstração. O funcionário público Marion da Silveira Pereira, 44 anos, de Cachoeira do Sul, chegou com uma hora de antecedência, munido de cadeiras de praia para ele, o filho, Ryan, e a mãe, Eva, além da térmica e da cuia com mate. Ele costuma prestigiar o evento com sol ou chuva.
– O desfile é motivo de orgulho para mim e para a família inteira. Desde pequeno eu desfilava em Cachoeira – conta.
A auxiliar de regulação Mari Rosângela da Silva e o motorista Luis Carlos da Silva lembravam que, na primeira vez que levaram a filha única para assistir o desfile, ela tinha apenas um ano. A menina passou pelo colo, pela garupa do pai e, hoje, com 12 anos, Isadora acompanha os pais com gosto para prestigiar o tio, que desfila pelo CTG Estância da Azenha.
Em ano eleitoral, o Desfile Farroupilha teve outra característica marcante, além da demonstração de respeito pela cultura gaúcha. Bandeiras do Rio Grande do Sul se misturaram a bandeiras de partidos no meio do público, e militantes distribuíam material de políticos ao público, enquanto carros de som passavam o mais perto que podiam do evento.