Para homenagear o pai, o pescador Julio de Oliveira, 55 anos, do Bairro Belém Novo, em Porto Alegre, criou um projeto que há dez anos contribui para a sustentabilidade do Guaíba e das margens dele.
Julio, conhecido como Bagre, o batizou de Pitucanoa: Pituca foi o pai dele - morto há 17 anos. Canoa porque ele foi pescador no Guaíba por sete décadas.
Bagre ensina as crianças da região como plantar mudas de árvores nativas, fazer redes de pesca e navegar pelo Guaíba. Segundo ele, as crianças são o futuro deste planeta. Com o projeto, mais de 14 mil mudas de árvores nativas foram resgatadas das margens alagadiças e replantadas em outras áreas da região.
As árvores, plantadas em potes de plástico e até tênis recolhidos do próprio Guaíba, que geraram novas mudas - como sarandi, ingazeiro e amarilho - se tornam artesanato nas mãos dele, que repassa a técnica aos pequenos.
Hoje, o problema do Pitucanoa é a falta de parcerias para o projeto. Falta ajuda para o lanche e o transporte das crianças.
Apesar da falta de patrocínio para a continuidade da ação, Bagre não desiste: a paixão pelo Guaíba e pela função que exerce o motivam a continuar levando adiante a consciência ambiental e o amor à natureza.
Caminho do Bem
Pescador de Porto Alegre cria projeto que ensina às crianças a importância do amor pela natureza
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Mateus Bruxel
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