O diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, afirma que a mudança no horário de cobrança da bandeira 2 tem como objetivo, além do custeio dos aparelhos de GPS, aumentar a disponibilidade de veículos em circulação entre 20h e 22h. Confira, a seguir, a entrevista concedida a ZH.
O valor mínimo estimado pela EPTC com a antecipação da bandeira 2, cerca de R$ 3 mil ao ano para cada táxi, é muito superior ao custo para manter o sistema de GPS que motivou a mudança, de R$ 950. O usuário não está pagando demais na Capital?
Na verdade, não é exclusivamente (para o GPS). O estudo demonstrou, claro, que haveria esse incremento na renda dos taxistas. Mas nós tínhamos uma série de reclamações de falta de táxis entre as 20h e as 22h, que é um horário que o pessoal usava para transição entre um taxista e outro e acabava faltando muito táxi. O mesmo acontecia aos sábados à tarde. Então, além de ressarcir a taxa pelo GPS, a intenção (da antecipação da bandeira 2) também é criar um incentivo para os taxistas trabalharem nesse período.
Usuários pagam três vezes além do custo por GPS nos táxis de Porto Alegre
Mas a principal justificativa apresentada para alterar o horário de cobrança era custear a implantação do sistema de GPS...
A lei está vinculada ao GPS, mas teve esse caráter também de incentivar a disponibilidade do serviço nesse período.
Não haveria outras formas de estimular a presença de taxistas sem aumentar o custo para o usuário?
Avaliamos que não haveria outra alternativa naquele período a não ser a ampliação da bandeira 2, já que as reclamações se concentravam naquelas duas horas de segunda a sexta e na tarde de sábado. Demonstrava opção do taxista em parar o veículo nesse período.
EPTC flagrou táxis fora do RS durante período de testes
Comissão debateu falhas técnicas no GPS dos táxis
Não se cogitou ampliar a frota?
Ampliar a frota para período tão curto seria incoerência, porque iria ocasionar mais veículos nos outros períodos e reduzir equilíbrio econômico-financeiro do permissionários.