Enchente segue em bairros de Alvorada e de Cachoeirinha

Aos poucos, a água segue subindo no Bairro Americana, em Alvorada, apesar da chuva ter parado nas últimas 24 horas. Se na quinta-feira passada, apenas a primeira quadra da Rua Americana, por exemplo, tinha sido atingida pelas cheias, na manhã deste domingo, a água havia chegado até a terceira quadra, próximo ao cruzamento com a Rua Itararé. Mesmo assim, as famílias afirmam que não deixarão as casas.


Moradora há 40 anos do bairro, Edeli Ivo de Oliveira, 64 anos, não tira a pantaneira (macacão de borracha) desde que a água voltou a subir. Depois de perder quase todos os móveis na enchente de julho, Edeli decidiu que não sairá com a família. Prevenida, ergueu a geladeira sobre a mesa da cozinha e o sofá sobre duas cadeiras.

- A água chegou hoje (domingo) no pátio. Não aguento mais esta vida, mas não temos para onde ir. Esta é a nossa única casa, não podemos abandoná-la - lamenta Edeli.

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O vendedor Antônio Gonçalves, 46 anos, há 42 morador da via, segue controlando a subida da água. Dos móveis, só restou a cama sobre tijolos:

- Perdi todo o resto em julho, e nem comprei mais nada. Por mais que tenha me criado aqui, não consigo me acostumar com enchente. E só tem piorado nos últimos anos.

Conforme a Defesa Civil da cidade, a tendência é que se não chover a enchente permaneça por pelo menos mais dois dias.


Diminui número de atingidos no Estado
Em Cachoeirinha, 45 famílias da Vila Olaria - às margens do Rio Gravataí - foram assentadas no Loteamento Chico Mendes e outras 15 estão no Ginásio Municipal Nossa Senhora de Fátima.

De acordo com a Defesa Civil do Estado, o nível os rios e o número de pessoas atingidas pelas chuvas estagnaram no Rio Grande do Sul. Até 11h deste domingo, 221 famílias, o que representa 925 pessoas, seguiam em abrigos ou casas de familiares pelo Estado. O número de municípios atingidos é de 89 e o número de famílias é 14.575.

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