Cerca de 20 alunos da educação infantil da Escola Estadual Japão, na zona norte de Porto Alegre, estão sem aulas desde o início do ano. A turma, que deveria estudar no turno da tarde, ainda não começou as atividades em razão da falta de professor - a antiga educadora foi exonerada no fim do ano passado.
Segundo informações da Rádio Gaúcha, o fato fez com a direção da escola solicitasse à 1ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) que um novo profissional fosse encaminhado, o que não aconteceu até agora. Diretora da instituição, Jussara Regina Pinhal garante que toda a semana tem se reunido com representantes da 1ª Coordenadoria Geral da Educação (CRE) para cobrar uma solução para o problema.
- Eles nos dizem que estão providenciando, mas até agora nada foi feito. As famílias sempre telefonam para saber como está a situação, e a resposta é a mesma. Quem perder o ano vai ter um prejuizo, pois vai entrar na primeira série sem ter frequentado uma pré-escola, que é fundamental - explica.
Como os pais devem agir no momento da mudança de escola
Estudante de escola particular consegue vaga de cotista na UFRGS
Em julho, uma professora foi designada para a escola, porém, não conseguiu assumir a função, já que iria entrar em licença saúde no mesmo mês. Mãe de uma aluna matriculada na turma, Alecsandra Leffa diz que tentou, sem sucesso, encontrar vagas em outros colégios públicos para a filha.
- Eu ainda estou aguardando, não conseguimos lugar em outras escolas. Eu não tenho com quem deixar a minha filha, é muito complicado. Já cansei de ligar para Secretaria de Educação, ninguém sabe me dar resposta nenhuma. Ela vai entrar na primeira série sem ter tido nenhuma aula - lamenta.
A diretora da escola, que atende a mil alunos dos ensinos Fundamental e Médio, destaca que a instituição está há um ano sem funcionários de limpeza no turno da tarde e da noite. Com isso, os próprios docentes têm que ajudar na realização das tarefas. De acordo com Jussara, em junho, os alunos de três turmas do Ensino Fundamental ficaram mais de um mês sem professor de história, o que já foi resolvido.
Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, na manhã desta quarta-feira, Alecsandra explicou como é a rotina de sua filha afastada da sala de aula.
- Ela fica em casa. Tento suprir alguma atividade da escola, mas não sou professora. É muito frustrante - observou.
Segundo a 1ª Coordenadoria Regional de Educação, desde o início do ano, vários professores foram selecionados para o cargo, mas muitos desistem em razão da distância do local. Será feita uma avaliação para verificar se os alunos foram encaminhados a outra instituição ou se a turma será desativada. Quanto ao funcionário da limpeza, a coordenadoria garante que o servidor está passando por exames admissionais e iniciará os trabalhos depois disso.
Conforme a Rádio Gaúcha, a Secretaria Estadual de Educação está realizando uma reunião na manhã desta quarta-feira para solucionar o problema que afeta a turma do colégio.
Leia as últimas notícias