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A Polícia Civil espera concluir até esta sexta-feira (6) o inquérito sobre uma quadrilha que agia em uma clínica de aborto fechada no Bairro Floresta, em Porto Alegre. Segundo os responsáveis pela investigação, o procedimento na clínica de luxo não era feito por um médico, e sim por uma funcionária do local.
Conforme os delegados Wagner Dalcin e Cleber Ferreira, os relatos de testemunhas e de pessoas que utilizaram a clínica nos últimos meses indicam que quem realizava os abortos era Jacinta Maria Hames.
Dos sete detidos na semana passada dentro do local, cinco seguem presos. Durante cinco meses, a reportagem da Gaúcha investigou uma rede de agenciadores e falsos médicos e enfermeiros que chegavam a realizar cinco abortos por dia. Cada aborto tinha o preço de R$ 5 mil. Uma mulher também foi presa em uma casa na zona sul da Capital vendendo medicamentos abortivos. Raquel Cristiani Silva segue presa.
Conforme a Secretaria Estadual da Saúde, apenas neste ano, 5.343 mulheres buscaram atendimento médico por complicações decorrente de abortos espontâneos e ilegais no Rio Grande do Sul.