Um desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) abriu mão de receber o auxílio-moradia, autorizado em liminares no Supremo Tribunal Federal (STF) e administrativamente pelo Conselho Nacional de Justiça. João Barcelos de Souza Júnior manifestou contrariedade ao benefício durante sessão do Órgão Especial do TJ-RS há duas semanas, e formalizou por escrito sua posição no dia seguinte à decisão.
A Presidência do Tribunal de Justiça anunciou no fim do mês passado que pagaria os R$ 4.377,73 para cada um dos 700 juízes e desembargadores em atividade no Estado na folha de outubro. De acordo com decisão judicial, o auxílio-moradia pode ser pago para todos os juízes, desembargadores, promotores e procuradores.
João Barcelos exerce o cargo de desembargador desde novembro de 2011, quando ocupou vaga do Ministério Público. O magistrado começou sua carreira como promotor em 1989, em Lagoa Vermelha, e passou por promotorias de Barra do Ribeiro, Canoas e Porto Alegre. Por último, antes de ser promovido a procurador, atuou como promotor na Justiça Militar. Atualmente, João Barcelos ocupa a vaga de desembargador na 2ª Câmara Civil de Direito Público do Tribunal de Justiça. Procurado pela Rádio Gaúcha, o desembargador preferiu não se manifestar.