Após a reunião sem acordo entre os rodoviários e as empresas de ônibus, ocorrida na tarde desta terça-feira (28), no Tribunal Regional do Trabalho, o sindicato dos Rodoviários propôs a paralisação total do coletivos em Porto Alegre. Em assembleia, na rua, instantes depois do fim da reunião, os grevistas aprovaram a proposta.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Júlio Gamaliel Pires, afirmou que decisão judicial será descumprida: "A multa a gente dá um jeito depois".
Em tom de ameaça, após a entrada da prefeitura na Justiça para forçar o aumento da frota durante a greve, agravado pelo término da reunião com as empresas sem acordo, Gamaliel disparou: “Se acharam ruim com 30%, agora vão ver”, disse.
Os rodoviários se dividiram em grupos para orientar os motoristas dos ônibus a retornarem para as garagens. Usuários que estavam nas paradas viram os coletivos partirem com os grevistas, sem permitir o embarque de passageiros.
Diante de greve geral, o Diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari afirma que não tem mais o que fazer. "Cabe a Justiça tomar alguma medida, pois a decisão está sendo descumprida".
O Sindicato das Empresas de Ônibus também seguiu a mesma linha. O gerente executivo Luiz Mário Magalhães Sá afirma que não há alternativas ao alcance das empresas. "Estamos de mãos atadas, tanto na questão de oferecer reajuste, quanto na oferta do serviço. Se os trabalhadores não aparecerem amanhã, não temos o que fazer", afirmou.
Diante da falta de alternativas para reestabelecer o serviço, caberá ao usuário buscar formas de chegar aos compromissos, pois não haverá ônibus em circulação no amanhecer desta quarta-feira (29) em Porto Alegre.
Assista ao vídeo com o momento da partida dos rodoviários
