Uma manifestação na noite desta terça-feira (15) em Porto Alegre terminou mais uma vez em vandalismo. Cerca de cem pessoas, a maioria encapuzados, se reuniram por volta das 19h na frente da Prefeitura e seguiram em caminhada em direção ao Palácio Piratini. Antes disso, pararam em frente ao prédio onde mora o prefeito José Fortunati e promoveram atos de vandalismo. Arrancaram um dos tapumes que protegia os vidros que cercam o prédio e tentaram colocar fogo, mas não conseguiram. Depois, furaram outro tapume e quebraram um dos vidros com uma pedra.
Um dos moradores do prédio disse que pela primeira vez viu manifestantes com facas. "Eles atiraram pedras e desta vez estavam com facas e barras de ferro".
Outro morador do local reclamou da Brigada Militar, que, segundo ele, foi omissa. "A Brigada Militar estava olhando e não fez nada. Isso é um perigo aos moradores", reclama o morador.
Em entrevista ao programa Chamada Geral, da Rádio Gaúcha, o comandante do Policiamento da Capital, tenente-coronel João Diniz Godoy, tentou justificar a postura dos policiais. "A ação foi muito rápida. Não deu tempo de ver quem foi o autor dos atos de vandalismo", afirma Godoy.
Depois do quebra-quebra no prédio onde mora o prefeito, os manifestantes seguiram em caminhada até o Palácio Piratini. Chegando lá, arremessaram um rojão contra policiais que faziam um cordão de isolamento. Os PMs revidaram com bombas de gás lacrimogênio, dispersando os manifestantes.
Pelo Twitter, o prefeito José Fortunati disse que os manifestantes "estão semeando terror entre os vizinhos, a maioria idosos". Acrescentou afirmando que "os baderneiros se sentem acima da lei e contam com a impunidade e com o respaldo daqueles que se dizem vítimas da perseguição da polícia". Fortunati encerrou dizendo que "não é apenas o prédio onde o prefeito mora com a sua família que está sendo covardemente atacado, é o Estado Democrático de Direito que está sendo pisoteado por vândalos que querem impor pela força, violência e terror às suas ideias".