
O governo federal afirma que pretende entregar 20 mil imóveis para vítimas da enchente de maio de 2024. Embora sem prazo para zerar a fila, o secretário de apoio à reconstrução do RS, Maneco Hassen, afirma que quase 10 mil moradias estão encaminhadas – considerando aquelas 1.556 já entregues pelo programa Compra Assistida e outras 8,1 mil moradias que tiveram a construção autorizada pelo Programa Minha Casa, Minha Vida Calamidades.
Desses 1.556 imóveis, 1.009 estão em Porto Alegre e cerca de 300 em cidades do Vale do Taquari. Os demais distribuídos em diversas cidades.
Em entrevista ao Gaúcha Atualidade na manhã desta quinta-feira (1º), Hassen e o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) – que chefiou a reconstrução até setembro de 2024 – prometeram chegar a 4 mil imóveis adquiridos pelo Compra Assistida, que garante a aquisição de imóveis já existentes no valor de até R$ 200 mil para famílias atingidas pela enchente de maio do ano passado. Na quarta (30), o prazo para escolha foi prorrogado por mais 60 dias.
— O imóvel tem que ter habite-se, tem que estar regularizado, legalizado, não pode estar com pendências. Muitas vezes as pessoas encontram o imóvel, então o cadastro tem que estar resolvido. Mas a gente conseguiu desburocratizar muita coisa — disse Paulo Pimenta.
A projeção é que até o mês de julho o governo federal tenha a informação de quantas moradias deverão ser construídas. Isso é, um cálculo entre todos os cadastros existentes, descontando as famílias do "compra assistida".
Sobre os loteamentos do Minha Casa, Minha Vida Calamidades, o secretário e o deputado apontam questões envolvendo cadastros de prefeituras como um empecilho.
— Não é o governo federal que faz o cadastro, nós não vamos na cidade cadastrar a família, nós não vamos procurar o terreno. A gente disponibiliza o recurso. E não é só para casa, em planos de trabalho da Defesa Civil temos 1.384 planos aprovados — disse Pimenta.
O primeiro loteamento pelo programa está previsto para ser entregue em dezembro, em Cruzeiro do Sul. O governo também afirma que um condomínio em Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo, está com 50% de conclusão.