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A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, será a nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais do governo federal. Ela aceitou o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião na manhã desta sexta-feira (28).
A pasta é responsável pela articulação do governo com o Congresso. Gleisi irá substituir Alexandre Padilha, que será o novo ministro da Saúde, a partir do dia 6 de março. A posse de Gleisi está marcada para o dia 10 de março.
A mudança faz parte da reforma ministerial prevista para ser realizada no governo federal. A expectativa é que haja trocas em cerca de 10 pastas.
Conforme o colunista de Zero Hora Matheus Schuch, Gleisi chegou a ser cotada para assumir a Secretaria-Geral da Presidência. A escolha dela para assumir a articulação política pode, segundo ele, dificultar ainda mais a relação do governo Lula com deputados e senadores.
Quem é Gleisi Hoffmann
Gleisi é deputada federal pelo Paraná desde 2019. Antes, foi senadora, ministra-chefe da Casa Civil durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT) e secretária de gestões petistas em nível municipal e estadual. A deputada federal disputou seu primeiro cargo eletivo em 2006. Desde então, concorreu à prefeitura de Curitiba (PR), em 2008, e ao governo paranaense em 2014.
Natural de Curitiba e formada em Direito, Gleisi foi secretária durante o governo de Zeca (PT) no Mato Grosso do Sul. Entre 1999 e 2001, a petista foi titular das pastas de Reestruturação Administrativa e de Governo. Em 2001, foi nomeada para a Secretaria de Gestão de Londrina, no Paraná, no mandato de Nedson Luiz Micheleti (PT). No ano seguinte, integrou a equipe de transição de Lula, então presidente eleito. Durante o primeiro mandato presidencial do petista, assumiu uma diretoria da Itaipu Binacional.
Em 2006, concorreu ao Senado pelo Paraná. A única cadeira em disputa foi conquistada por Álvaro Dias, então no PSDB. Enquanto Gleisi obteve 45,1% dos votos válidos, Dias foi eleito com 50,5%.
Em 2010, foi eleita senadora com 3.196.468 votos. No ano seguinte, licenciou-se do cargo para assumir a Casa Civil de Dilma Rousseff. Permaneceu no ministério até 2014. Naquele ano, concorreu ao governo do Paraná. A eleição foi vencida em primeiro turno por Beto Richa.
Em 2017, assumiu a presidência do PT. No ano seguinte, elegeu-se deputada federal, reelegendo-se em 2022.