O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou, nesta sexta-feira (17), que o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), preste depoimento à Polícia Federal (PF) em até 15 dias.
A determinação foi feita após o governador afirmar em um programa de televisão da Jovem Pan News que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, têm conversado. As informações são do g1.
Ambos são investigados em inquéritos no STF, como o que apura a tentativa de golpe de Estado, e há determinação da Justiça para que não tenham contato.
Na entrevista, Jorginho afirmou que Costa Neto mantém conversas frequentes com Bolsonaro, presidente de honra do partido. Ele ainda expressou a expectativa de que, "daqui a pouquinho", os dois líderes possam "conversar na mesma sala".
"A entrevista do governador de Santa Catarina indica uma possível violação às medidas cautelares impostas por esta Suprema Corte, em especial à proibição de manter contato com os demais investigados, aplicada a Jair Messias Bolsonaro e Valdemar Costa Neto", escreveu Moraes no despacho.
O ministro também enviou o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR) para conhecimento e eventuais providências.
Em nota, Costa Neto disse que "não mantém qualquer contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro, em respeito absoluto às determinações impostas pelo STF. Qualquer declaração em sentido contrário é fruto de equívoco ou mal-entendido".