O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, prestou depoimento na sede da Polícia Federal (PF) em Brasília nesta quinta-feira (12). A ação ocorre no âmbito do inquérito que investiga a organização de um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito em outubro de 2022.
O depoimento, que durou quase duas horas, terminou sem declarações de Costa Neto à imprensa, de acordo com o g1.
O presidente do PL é um dos indiciados no inquérito sobre tentativas de subversão da ordem democrática. Ele chegou à PF às 14h e saiu às 15h50min. O ex-presidente Jair Bolsonaro, também investigado, faz parte do partido liderado por Costa Neto.
Outras figuras como Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro, e o juiz federal Sandro Nunes Vieira, afastado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), também foram ouvidas na tarde desta quinta.
O relatório da PF destaca o papel de Costa Neto como apoiador e financiador de questionamentos à integridade das urnas eletrônicas. Câmara é apontado como um dos principais disseminadores de narrativas golpistas. Seu advogado, Luiz Eduardo Kuntz, declarou que o depoimento foi "tranquilo".
Sandro Nunes Vieira é acusado de assessorar o PL de forma "ilegal e clandestina" na elaboração de um documento com acusações infundadas contra as urnas eletrônicas. A PF indica que encontrou evidências da participação de Bolsonaro e seus ex-auxiliares na conspiração.
Mais três indiciados
Inicialmente, a PF havia indiciado 37 pessoas. Na quarta-feira (11), anunciou o indiciamento de mais três, todos militares. São eles:
- Aparecido Andrade Portella — suplente da senadora Teresa Cristina (PL-MS), que foi ministra da Agricultura no governo Jair Bolsonaro.
- Reginaldo Vieira de Abreu
- Rodrigo Bezerra de Azevedo