Está marcado para as 14h30min desta quarta-feira (22), na Câmara de Vereadores de Itaara, o depoimento do prefeito Sílvio Weber à comissão do Legislativo que analisa um pedido de cassação dele. Antes, às 14h, falará a última das 10 testemunhas ouvidas no processo.
A abertura da Comissão Processante foi aprovada em 28 de agosto, por seis votos a zero. O pedido havia sido protocolado pelo vereador Robertson Tatsch, conhecido como Mano Zimmermann, do PSB, então mesmo partido do prefeito, que hoje não esta filiado a nenhuma sigla. Zimmermann propôs a comissão com base em investigação do Ministério Público (MP) que apontou o prefeito como suspeito de corrupção envolvendo contratos superfaturados em licitações fraudulentas.
O advogado de Sílvio Weber, Bruno Paim, diz que o prefeito prestará as informações necessárias para comprovar a inocência dele.
— Esse processo de cassação basicamente traz fatos referente a processos que também tramitam na Justiça. Processos esses que estão em fases iniciais, nem recebidos foram ainda. Denúncia nem recebida foi ainda. Então são processos muito, muito em fase inicial, sem qualquer decisão condenatória, sem trânsito em julgado — argumentou Paim.
Afastamento e retorno
Após praticamente um ano afastado do cargo, o prefeito de Itaara, Silvio Weber, reassumiu no dia 13 o comando do Executivo. Weber teve o mandato suspenso em 17 de novembro de 2022 após deflagração da Operação Santidade, do Ministério Público (MP). Ele também é padre, mas está suspenso de suas atividades como sacerdote, já que ocupa cargo público.
O último prazo do afastamento provisório terminou no dia 12. Os seis primeiros meses encerraram em maio, quando o MP renovou a medida pelo mesmo período. Como não houve nova determinação da Justiça para manter o prefeito afastado, foi possível o retorno do político ao cargo.
Weber foi denunciado pelo Ministério Público por roubo, crime de responsabilidade pelo desvio de verbas públicas, uso de documento falsificado, corrupção e organização criminosa. A investigação apontou superfaturamento de licitações do município, em um esquema supostamente liderado pelo prefeito. A estimativa é de que o prejuízo aos cofres públicos tenha ultrapassado R$ 470 mil.