Um dos parlamentares do núcleo duro do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, Jaques Wagner (PT-BA) defendeu, nesta quinta-feira (24), que a nomeação do futuro ministro da Fazenda vai facilitar a tramitação da PEC da Transição para garantir o pagamento do Auxílio Brasil no patamar de R$ 600 a partir de 2023.
Integrante do centro de governo no gabinete de transição, o político disse ainda que o texto não estará pronto até sexta-feira (25). O parlamentar esteve reunido com integrantes da transição, incluindo o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB).
— O que falta mais, por enquanto, é o ministro da Fazenda — respondeu Wagner ao ser questionado sobre a necessidade de um articulador entre o governo eleito e o Congresso.
Wagner ainda disse que se reunirá com Lula na sexta-feira, em São Paulo, para discutir os nomes para a Fazenda, assim como os próximos passos para o envio de um texto definitivo da PEC.
A respeito do prazo de validade para a manutenção do Auxílio Brasil fora do teto de gastos, Wagner sinalizou que o governo eleito deverá chegar ao meio termo: ao invés de quatro anos, conforme defendido pelo presidente eleito e partidos aliados, o período de dois anos para exclusão do benefício social do teto.
Divergências no Senado atrasaram a entrega de uma proposta final, o que deveria ter ocorrido ainda na quarta-feira (23). A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, após reunião com integrantes de 15 partidos aliados, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), já havia sinalizado que a definição de um prazo ainda era um impasse importante para destravar a negociação.