O Palácio do Planalto disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a presença do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) na viagem de Jair Bolsonaro à Rússia não gerou despesas para o governo federal.
A justificativa foi dada após determinação do ministro Alexandre de Moraes, que apura um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para investigar a ida do filho do presidente da República a Moscou entre os dias 14 e 16 de fevereiro.
“Não há ‘(...) registros de despesas relacionadas ao Vereador Carlos Bolsonaro, no tocante à viagem presidencial internacional ocorrida com destino à Rússia, em fevereiro de 2022’, conforme informações da Secretaria Especial de Administração da Secretaria-Geral da Presidência da República”, escreveu a Presidência da República em um dos documentos.
O Planalto ainda diz que o Ministério das Relações Exteriores não pagou diárias e também não possui registros de despesas relacionadas ao vereador. Porém, não informou ao Supremo como foi pago o transporte, o consumo e a hospedagem do filho do presidente durante estadia na Rússia. Também não deu justificativas sobre o motivo da presença do vereador na comitiva e não informou sua agenda de compromissos na viagem.
O governo negou irregularidades na presença de Carlos Bolsonaro na Rússia e disse que não há o que se investigar no caso.
“Extrai-se que nenhuma atitude do Presidente da República configurou ato irregular. Pelo contrário, todas as manifestações e atitudes do Presidente da República se pautaram em critérios éticos e legais regulares”, diz o ofício.
Na última semana, a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro também afirmou que não custeou as despesas de Carlos Bolsonaro.